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Os motoristas e trocadores do transporte coletivo de Ponta Grossa (Campos Gerais) se reuniram ontem e decidiram não realizar novas paralisações no serviço, como a que ocorreu entre o fim do mês de maio e o começo de junho. Segundo o sindicato da categoria (Sintropas), os funcionários da Viação Campos Gerais (VCG) – única concessionária de transporte coletivo na cidade – aceitaram uma proposta apresentada pelo prefeito Marcelo Rangel (PPS), no fim da semana passada, ao presidente da entidade, Ricardo Peloze.

De acordo com a proposta, os trabalhadores conti­­nuarão recebendo um reajuste de 9% nos salários (ao invés dos 10% acordados na negociação anterior) e de 9% nos tíquetes-alimentação (que deveria ser de 50%). Porém, em compensação, eles deverão ser incluídos no programa Mercado da Família, da prefeitura de Ponta Grossa, onde é possível adquirir os produtos da cesta básica com valores menores do que os praticados pelos mercados convencionais.

"Muitos dos trabalhadores têm renda familiar superior a 2,5 salários mínimos [que é a condição fundamental para participar do programa], mas serão beneficiados da mesma forma. Existe um ganho real", afirma o prefeito. Um projeto de lei sobre o assunto começou a tramitar na Câmara Municipal ontem.

A proposta também prevê o pagamento de um abono salarial no valor de R$ 200 – sendo pagos R$ 150 no fim deste ano e os outros R$ 50 no começo de 2015 – e a construção, por parte da prefeitura, de uma sala de descanso para os trabalhadores no Terminal Central de Ônibus. Também ficou acertada, na mesma assembleia, a antecipação do tíquete-alimentação para o dia 20 de cada mês.

O advogado do Sintropas, João Douglas Gonçalves, afirma que a entidade ofereceu ao Executivo municipal um prazo de 30 dias para que as mudanças sejam colocadas em prática. De acordo com o prefeito, essas medidas não devem causar prejuízos aos cofres públicos, já que não envolvem nenhum subsídio direto à concessionária (possibilidade que chegou a ser considerada), e que não deverá haver impacto na planilha de custos do transporte coletivo de Ponta Grossa. Por outro lado, a VCG informa que não foi oficialmente notificada sobre as decisões tomadas pela categoria.

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