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Os três policiais militares da Companhia de Choque Rone (Ronda Ostensiva de Natureza Especial) foram denunciados pela Promotoria de Justiça de Colombo, na região metropolitana de Curitiba, pela morte do trabalhador Deiviti Maicon dos Santos, de 19 anos, na saída da Festa do Vinho, em 15 de Julho. Os policiais devem responder, ainda, por tentativa de homicídio, fraude processual e falsidade ideológica.
De acordo com o Ministério Público, os policiais Marcos Dorse Marinho, Leonel Lourenço de Faria Junior e Vilson Clemente seriam responsáveis pela morte do jovem e são acusados de tentativa de assassinato contra Tiago Luiz Machado, que acompanhava Deiviti. Os PMs tiveram prisão preventiva decretada a pedido do MP-PR e foram presos na segunda-feira (27). Eles estão detidos no Quartel Geral da PM.
Segundo a denúncia, assinada pelo promotor de Justiça Humberto Eduardo Puccineli, os policiais teriam abordado os dois jovens em uma moto durante uma ronda na saída da Festa do Vinho. Os PMs teriam ordenado que os rapazes parassem o veículo. Não sendo obedecidos, teriam disparado vários tiros contra a motocicleta, atingindo Deiviti fatalmente na cabeça e Tiago no braço.
De acordo com o MP, o promotor declara na ação penal que os policiais teriam alterado a cena do crime, depositando uma arma junto ao corpo do rapaz morto. Os PMs teriam, ainda, registrado um boletim de ocorrência mencionando uma troca de tiros com os rapazes, o que segundo a ação, não teria acontecido.
No pedido de prisão preventiva, a Promotoria sustenta que os três acusados já deram mostras de que podem atrapalhar o processo e intimidar as testemunhas do caso. Puccineli ressalta que os laudos clínicos anexados à denúncia demonstram que não havia resíduos de chumbo na mão do jovem morto.
O advogado dos policiais, Mauricio Arruda, disse que vai entrar com um novo pedido de habeas-corpus na quarta-feira (29). Segundo ele, os policiais não representam ameaça ao andamento do processo. Arruda contesta a afirmação do promotor de que houve fraude processual. "Os policiais foram confrontados e agiram em legítima defesa", afirma.
Arruda disse que o fato de não ter sido encontrado vestígios de pólvora nas mãos da vítima, não derruba a tese da troca de tiros. "Diversos autores de medina legal afirmam que isso não indica que não houve disparo".
A assessoria de imprensa da Polícia Militar disse que um inquérito administrativo está investigando o caso.
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