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Obra do terminal de Guaraituba está concluída há cerca de sete meses | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Obra do terminal de Guaraituba está concluída há cerca de sete meses| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

O Ministério Público Federal (MPF) vai investigar de quem é a responsabilidade pelo abandono do terminal de transporte coletivo Guaraituba, construído em Colombo, na região metropolitana de Curitiba. A obra está concluída há cerca de sete meses, mas ainda não entrou em funcionamento. Uma reunião, na quarta-feira (15), entre o MPF e dirigentes da Urbanização de Curitiba (Urbs) e da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) pretende encontrar uma solução para problema.

O entrave está na falta de entendimento entre os dois órgãos, que são dirigidos por grupos políticos atualmente adversários. A Urbs, que gerencia o trânsito e o transporte coletivo em Curitiba e região metropolitana, é administrada pela prefeitura de Curitiba. Já a Comec, responsável pelas obras do terminal, é um órgão do governo do estado.

Enquanto Urbs e Comec não entram em acordo quem sofre as conseqüências são as 65 mil pessoas que utilizam o Terminal Alto Maracanã todos os dias. Os usuários enfrentam as péssimas condições do terminal que está em obras há dois anos. O Guaraituba, com capacidade para atender 40 mil passageiros por dia, poderia absorver parte do movimento.

A Procuradora da República Antonia Lelia Sanches alega que o abandono do terminal, construído com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é um prejuízo para a população. De acordo com a assessoria de imprensa do MPF, a procuradora tem acompanhado pelos jornais o drama enfrentado pelos usuários do transporte coletivo em Colombo. A procuradora espera que os dirigentes da Comec e Urbs compareçam ao encontro para discutir uma solução para o problema.

A Urbs confirmou a presença do presidente da empresa Paulo Schmidt na reunião. A Comec informou que será representada pela diretora presidente, Letizia Fiala. Quanto ao funcionamento do terminal os dois órgãos continuam jogando a responsabilidade um para o outro.

O terminal, segundo a Urbs, é uma obra do governo do estado e foi construído sem seu conhecimento. Em maio a empresa encaminhou um relatório solicitando modificações no local e apresentou quatro propostas para colocar o terminal em funcionamento. Em todas as propostas apresentadas, haveria aumento de custos que pode variar de R$ 233 mil a R$ 467,5 mil. As propostas prevêem ainda a transferência de nove linhas alimentadoras e o uso de novos ônibus.

Na concepção da Urbs, a Comec, além de executar as obras e adaptar a infra-estrutura necessária para o funcionamento, deve arcar com os custos da compra de novos veículos e com um possível aumento na quilometragem dos ônibus. Para a Comec, essa é a responsabilidade é da Urbs.

De acordo com a Comec, todas as adaptações foram concluídas em agosto e o terminal estaria pronto para operar. Mas, até o momento, não houve resposta do órgão ligado à prefeitura de Curitiba. Já a Urbs alega que o órgão estadual não apresentou resposta quanto a proposta para o funcionamento do terminal.

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