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Multimídia - Vídeo| Foto: TV Globo

Empréstimo será pago em 25 anos

Os recursos da Linha Verde (R$ 121 milhões), dos binários Santa Bernadethe, Brasília, Mário Tourinho e Ligação Capão da Imbuia-Hauer (R$ 31 milhões) e da revitalização de parte da Marechal Floriano Peixoto (R$ 16 milhões) estão dentro do Programa de Transporte Urbano (PTU) da prefeitura de Curitiba, que prevê US$ 133 milhões em investimentos. Parte desse montante (US$ 80 milhões) é financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o equivalente a 60% do total.

De acordo com o coordenador da Unidade Técnico-Administrativo de Gerenciamento (Utag) da prefeitura, Wilson Justus, o município tem uma carência de cinco anos para começar a pagar o empréstimo junto ao BID. Depois disso, começa a quitar a dívida em parcelas semestrais, durante 20 anos. "É importante explicar que teremos 25 anos para pagar o empréstimo e está tudo dentro da capacidade de endividamento do município", explica.

Segundo Justus, a preocupação da população de que a tarifa de ônibus suba por conta desse empréstimo não tem cabimento. "A passagem de ônibus é controlada por uma planilha da Urbs, não tem nada a ver com os recursos para essas obras", tranqüiliza.

Prolongamento na BR-476 vai concluir trinário

Quando forem terminadas as intervenções na Avenida Marechal Floriano Peixoto e nas vias paralelas (ruas Anne Frank e Desembargador Westphalen), no ano que vem, estará pronto também o último trinário até então incompleto da cidade. Curitiba possui, hoje, cinco trinários. O sistema é composto por três vias, sendo duas rápidas em forma de binário (ruas paralelas com sentidos opostos) e uma avenida central entre elas, com uma canaleta exclusiva para ônibus expresso, ladeada por duas faixas de tráfego lento, igualmente em sentidos opostos.

Para completar o trinário da Marechal Floriano está sendo feito o prolongamento da Anne Frank, sentido Centro, que cruzará a BR-476. As obras já estão a todo vapor no local. Já o projeto de continuação da Desembargador Westphalen, sentido bairro Hauer, está sendo finalizado nesta semana. Segundo a prefeitura, ele será submetido à análise do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e entrará em processo de licitação no mês que vem.

O ligeirão, linha de ônibus de Curitiba projetada para diminuir o tempo de viagem entre os bairros Boqueirão e Centro de 33 para 18 minutos, não entrará mais em operação neste ano, como previsto inicialmente, mas somente em 2008. O atraso ocorrerá em função da reformulação do projeto. Em vez de apenas desalinhar as estações-tubos e alargar a canaleta em alguns pontos para permitir que o ligeirão faça ultrapassagens sobre os biarticulados, a prefeitura resolveu fazer uma revitalização na Avenida Marechal Floriano Peixoto, no trecho entre o Centro e a BR-476 (antiga BR-116 e futura Linha Verde).

O projeto inicial, que custaria R$ 5 milhões, chegou a ser licitado em setembro do ano passado, mas foi cancelado. Em conversação com o parceiro do financiamento, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a prefeitura resolveu utilizar parte do dinheiro economizado em outras obras (Linha Verde e binários) e aplicar R$ 16 milhões no novo projeto.

"Um projeto de engenharia nunca é acabado. Já que íamos mexer no corredor para a implantação do ligeirão, pensamos, por que não fazer uma mudança maior", explica o presidente da Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs), Paulo Schmidt. "A intenção é aumentar o conforto da população", justifica o coordenador da Unidade Técnico-Administrativo de Gerenciamento (Utag), Wilson Justus.

A revitalização do trecho de 4,9 quilômetros de extensão da Marechal Floriano inclui ainda parte da Avenida Sete de Setembro, entre a Marechal Floriano e a Rua Lourenço Pinto; da Rua Pedro Ivo, na quadra ao lado da Praça Carlos Gomes, e da própria Lourenço Pinto, em toda a sua extensão.

O novo edital de licitação prevê drenagem, pavimentação em concreto nas canaletas, asfalto de borracha na vias laterais, implantação de calçadas com cerca de dois metros de largura e uma faixa exclusiva para a instalação de equipamentos de 80 centímetros e outra de 1,2 metro para pedestres feita em asfalto e livre de obstáculos. Estão previstas ainda nova sinalização, semaforização e iluminação, além da reforma e mudança no posicionamento das estações-tubo.

Serão instaladas, ainda, quatro novas estações-tubo. Duas delas – uma de embarque e outra de desembarque – na Rua Lourenço Pinto. Com 25 metros de comprimento cada uma, elas serão ponto de partida e de chegada para quem vai ao bairro ou chega ao Centro, respectivamente. As outras duas estações serão instaladas na própria Marechal Floriano, ampliando a capacidade da estação Cefet (atual UTFPR), nos dois sentidos. "A estação-tubo do Cefet é hoje um ponto de estrangulamento que queremos melhorar", diz Schmidt. As obras serão iniciadas ainda neste ano (provavelmente entre outubro e novembro). O processo de licitação está em andamento e no mês que vem serão divulgadas as propostas das empresas inscritas.

O trecho que vai da futura Linha Verde até o Boqueirão também será revitalizado. O projeto está ainda em fase de finalização e prevê a melhoria dos terminais Boqueirão e Carmo e a instalação de elevadores, além da reforma das estações-tubo. Estima-se que as obras neste trecho custarão em torno de R$ 7,5 milhões. O valor será custeado pelo município e o processo de licitação deve ocorrer concomitantemente ao trecho da avenida que vai da Linha Verde ao Centro. A intenção é que as obras sejam finalizadas em datas próximas. "Os dois trechos têm de estar prontos juntos para que o ligeirão comece a funcionar", explica Schmidt.

A melhoria no eixo da Marechal Floriano deve beneficiar 385 mil passageiros por dia, cerca de 20% do total de usuários da Rede Integrada de Transporte. De acordo com estudos realizados pela Urbs, cerca de 40 mil passageiros devem utilizar o ligeirão quando ele entrar em operação, ou seja, metade dos 80 mil passageiros que utilizam hoje a linha biarticulado Boqueirão. A mudança também deve atingir outras linhas, já que, segundo a Urbs, cerca de 30% dos passageiros que utilizam os ligeirinhos Boqueirão/Centro Cívico, Barreirinha/São José dos Pinhais e Sítio Cercado devem migrar para o ligeirão.

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