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Escola com pior desempenho no Enem do ano passado, a Doutor Augusto Monteiro se localiza na área rural de Rio Branco, capital do Acre.

As chuvas e as dificuldades de acesso foram apontadas como as principais justificativas do governo Tião Viana (PT) para o resultado.

De acordo com o secretário de Estado da Educação e Esporte, Marco Brandão, no segundo dia de prova choveu e a maioria dos alunos não compareceu. Quinze deles estavam aptos a fazer a avaliação. Ao todo, a escola tem 133 alunos, sendo 26 no ensino médio.

“A estrada para chegar até a escola é de terra e o terreno fica argiloso quando chove. É quase impossível chegar. Até os filhos da diretora faltaram”, disse ele. “O período de chuvas aqui compreende justamente o da realização das provas”, completou.

A escola, de madeira, fica no bairro Belo Jardim, um dos mais populosos e pobres da capital acreana. Cerca de 30 mil pessoas vivem na região, muitas delas às margens do rio Acre. O único telefone disponível para contato não funcionou nesta quarta (5).

Além das dificuldades naturais da região, a educação pública do Acre enfrenta ainda uma paralisação. Toda a rede estadual de ensino do Estado registra greve desde a segunda quinzena de junho. Segundo o governo, porém, a escola rural Doutor Augusto Monteiro não aderiu à paralisação.

Reclassificação

Devido ao crescimento de Rio Branco e à proximidade com a área urbana, o secretário disse estudar a reclassificação da unidade escolar de rural para urbana para atrair mais investimentos.

A cada semestre, os alunos têm contato com disciplinas das áreas de exatas, humanas e ciências da natureza. “Os professores têm formação específica para cada disciplina. Não temos generalistas”, disse Brandão.

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