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Comerciantes de estabelecimentos árabes começam a contabilizar o prejuízo gerado pela lei municipal antifumo não apenas pela proibição do cigarro. Como o texto inclui "qualquer produto fumígeno, derivado ou não de tabaco", o narguilé – uma espécie de cachimbo em que se traga vapor de água aromatizada, tradicional na cultura árabe – também está proibido.

No bar Baba Salim, no Centro de Curitiba, 12 narguilés estão parados desde que a lei entrou em vigor. Com isso, estima o proprietário, Ja­­mal Khodr Chiah, o lucro caiu entre 8 e 10%. Isso fora o estoque parado de aromas e carvão, usado para manter a água quente. "Deveria haver uma discussão específica para o narguilé, que é da tradição árabe", aponta.

Outro motivo pelo qual Jamal diz que o narguilé deveria ter um tratamento diferente é em relação ao perfil dos usuários. Segundo o comerciante – que chegava a vender até 20 narguilés em uma noite –, 90% dos clientes que usavam o produto não eram fumantes. "As pessoas usavam por lazer mesmo, não por dependência."

No Bagdad Café, as vendas do produto só não despencaram porque existe uma área aberta no estabelecimento. Mesmo assim, o consumo caiu. "A reclamação dos clientes é de que na hora dos shows de música árabe não podem fumar o narguilé", explica a administradora do bar, Ruti Navarro.

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