As organizações não governamentais também ganham com as festas juninas. Escolas particulares direcionam o valor arrecadado com suas festas para instituições carentes e fazem da data uma comemoração também da solidariedade. Nas escolas do grupo Positivo o objetivo da festa junina também é arrecadar dinheiro. Só que toda a verba vai para organizações não governamentais. As entidades selecionadas fazem uma lista dos materiais que estão precisando. Depois os recebem das mãos dos próprios alunos. Ano passado foram arrecadados R$ 30 mil, destinados ao Hospital Erasto Gaetner, que ganhou uma pinça para realização de biópsias, e o Asilo São Vicente de Paula.
As festas nas duas sedes do Positivo atraem quase 10 mil pessoas. A maior atração são as danças. Mas o grande diferencial para os meninos e meninas é mesmo a solidariedade. "Ajudamos a criar um vínculo comunitário nas crianças. Na hora da entrega chamamos alguns voluntários e depois eles compartilham a experiência com os colegas. Isso faz a diferença", diz o professor Carlos Dorlass, diretor-geral das Escolas Positivo. A festa das escolas acontece no próximo sábado e os ingressos custam R$ 10. O convidado tem direito a um vale-comida, a um vale-bebida e garante acesso aos brinquedos.
No Colégio Dom Bosco, estudantes que participam de um grupo chamado Geração do Bem, criado para que alunos pratiquem o voluntariado, começam a desenvolver ações já em maio para ajudar a festa junina do Asilo São Vicente de Paula. Além das visitas semanais ao local para fazer companhia aos idosos e realizar oficinas de dança, por exemplo, eles arrecadam fundos para o evento. O grupo de jovens é responsável por uma barraca na festa. Eles têm de providenciar as prendas e trabalham como atendentes da barraca de pescaria.
Uma das atividades organizadas pelos adolescentes foi um correio elegante no dia dos namorados. Além disso, há rifas e doações. Para a diretora do Colégio Dom Bosco Ahú, Rita Egashira Vanzela, o maior ganho para os estudantes é aprender que trabalho voluntário não tem nada a ver com dinheiro e sim com dedicação. "Uma das atividades deles é ensaiar a quadrilha com os idosos. É um momento de doação. Eles voltam diferentes", diz.
No Colégio Expoente, na festa que será realizada em julho, um bingo para os pais será o meio para arrecadar fundos para uma entidade que cuida de crianças portadoras do vírus HIV. "Essas atividades fazem parte de uma formação integral do ser humano", explica a diretora do Expoente Água Verde Soraya Yuri Sunaga. Durante o dia as crianças têm uma comemoração só para elas e à noite os pais se juntam à festa.
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