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Brasília – Enquanto na Câmara dos Deputados a disputa pela presidência movimenta os deputados em pleno recesso parlamentar, no Senado Federal os dois candidatos que desejam presidir a Casa Legislativa realizam apenas discretas articulações nos bastidores.

O senador José Agripino Maia (PFL-RN), candidato da oposição, está no exterior desde as festividades de fim de ano. O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) passou a semana em Brasília descansando em sua residência oficial sem encontros políticos oficiais para articular sua reeleição.

O clima é de tranqüilidade entre os aliados de Renan, confiantes na vitória do peemedebista. A posse de senadores suplentes mudou a composição de forças na Casa. O PMDB passou a ter a maior bancada, com 20 senadores, e superou o PFL, com quem disputava a liderança. As duas legendas saíram das eleições em outubro com 18 parlamentares cada. De lá para cá, no entanto, o PFL perdeu um representante e agora terá uma bancada com 17 nomes.

Os números beneficiam Renan, já que tradicionalmente os senadores escolhem como presidente um membro da maior bancada. Os pefelistas, no entanto, argumentam que o critério deve ser o da maior bancada eleita – e não conquistada após as tradicionais mudanças de partido entre os parlamentares.

Mesmo no exterior, Agripino garante que vem mantendo contatos telefônicos com senadores em busca de votos. O senador disse à reportagem que está confiante na vitória.

"Eu tive só notícias boas. Acho que dá para ganhar. Essa versão de que desistiria da minha candidatura chegou a ser comentada por alguns setores. Mas há menos que mude o quadro, não há possibilidade de eu renunciar à minha candidatura", disse.

A estratégia de Agripino é desvincular sua candidatura da disputa na Câmara, onde o petista Arlindo Chinaglia (SP) ganhou força depois de conquistar o apoio das bancadas do PMDB e do PSDB. Aliados de Renan alegam que o PMDB, ao abrir mão de presidir a Câmara mesmo tendo a maior bancada eleita, vai brigar pelo direito de estar no comando do Senado – argumento que Agripino contesta.

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