Depois de exibir, durante quase 70 anos, a cor rosa, a fachada do Museu Imperial, em Petrópolis, pode passar a amarelo ocre. Mas não sem antes uma boa polêmica. O diretor da instituição, Maurício Vicente Ferreira Júnior, argumenta que será feita uma obra para evitar a degradação do prédio e que não há nada mais óbvio do que aproveitar a ocasião para resgatar a cor original. Ao saber da intenção de mudar a cor da fachada, o vereador Wagner Silva (PPS) não se conteve e, na semana passada, incitou os outros vereadores a se manifestar contra a mudança. "Durante todo esse tempo, foram feitos trabalhos escolares mostrando o museu rosa e os visitantes o conheceram com esta mesma cor", diz Wagner. No Rio de Janeiro, ocorreu uma situação parecida, mas a polêmica passou longe. O Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Quinta da Boa Vista, teve a fachada rosa durante décadas. Mas a cor original da construção, também amarelo ocre, foi recentemente resgatada, sem contestação. Em Petrópolis, o diretor do Museu Imperial conta que a polêmica começou após uma empresa especializada em restauração constatar que toda a fachada enfrentava problemas de degradação porque a opção de revestir a superfície com tintas modernas não existentes à época da construção não estava deixando o prédio "respirar".
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