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Eunice Maria dos Santos, da Pastoral da Criança, atende moradora de Florestópolis: combate aos malefícios da pobreza passou pela informação dada de porta em porta | Anderson Coelho / Jornal de Londrina
Eunice Maria dos Santos, da Pastoral da Criança, atende moradora de Florestópolis: combate aos malefícios da pobreza passou pela informação dada de porta em porta| Foto: Anderson Coelho / Jornal de Londrina

O saldo de décadas de atraso

Em Doutor Ulysses, na RMC, e Laranjal, no Centro-Sul, a renda média da população é de apenas R$ 324, a menor do estado.

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A equação perfeita das políticas sociais

Assistente social e professora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná Jucimeri Isolda Silveira explica que as políticas sociais implantadas nos últimos dez anos são, ao lado do desenvolvimento econômico, as principais razões para a queda nos índices de pobreza.

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Cidade mudou com projeto da dra. Zilda Arns

Há 28 anos, a pequena Florestópolis, no Norte do Paraná, foi escolhida para ser o berço da Pastoral da Criança. Tinha todos os requisitos: um cenário de míséria em meio a uma economia baseada na agricultura da cana-de-açúcar.

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  • Veja os números da redução da pobreza no Paraná

Na última década, o Paraná conseguiu reduzir o número de domicílios pobres de 32%, em 2000, para 18%, em 2010 – uma queda de 44% no indicador. Em São Jorge do Patrocínio o índice caiu de 58% para 18%, uma diminuição de 40 pontos porcentuais, colocando o município da Região Noroeste em primeiro lugar no ranking dos que mais diminuíram a pobreza. Os dados mostram também que a insuficiência de renda no estado continua concentrada no Centro-Sul e Vale do Ribeira. O levantamento foi feito pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) e considerou como pobre domicílios com renda per capita de até meio salário mínimo.

O município de Nova Laran­­jeiras, no Centro-Sul, foi o que teve o pior desempenho na redução da pobreza. Em uma década, conseguiu variação de apenas quatro pontos porcentuais, passando de 51% para 47%. Na mesma região está a cidade mais pobre do Paraná – Laranjal. Ali, de cada dez pessoas, quase seis são carentes.

No Vale do Ribeira a situação se repete. Cerro Azul, Adri­anópolis e Tunas do Paraná estão entre as dez cidades que menos avançaram na última década e praticamente estagnaram no porcentual de pobreza, com índices acima de 38%. Apesar de os municípios integrarem a região metropolitana de Curitiba (RMC), a distância de mais de 90 quilômetros impede que os moradores sejam beneficiados pelo crescimento econômico da capital.

Bons exemplos

Em São Jorge do Patrocínio, as políticas sociais foram as grandes responsáveis pela redução da pobreza. Há dez anos a cidade tinha o dobro de pobres comparada à média do Paraná. Hoje, o indicador é o mesmo do estado.

Em 2006, um ano após os Centros de Referência de As­­sistência Social (Cras) terem sido criados pelo governo federal, a prefeitura de São Jorge do Patrocínio instalou o equipamento na cidade, atendendo em média 750 famílias por mês. Nesse espaço, os adultos recebem formação para o mercado de trabalho e crianças e idosos desfrutam de um centro de convivência. "Absorvemos de uma maneira positiva as diretrizes do governo federal", conta Ge­­nivaldo de Campos, responsável pela implantação do Cras.

A proposta deu tão certo que o município decidiu criar uma Secretaria Municipal de As­­sistência Social. A secretária da pasta, Vera Palozi, conta que as 450 famílias que recebem o Bolsa Família participam de cursos realizados em parceria com o Senai e Sebrae, o que incentivou a abertura de pequenos negócios. Há também encaminhamento dos jovens para o mercado de trabalho por meio dos programas Adolescente Aprendiz e Pró-Jovem.

São Tomé, também no Noroeste, reduziu a pobreza em 37 pontos porcentuais, passando de 51% para 14%. A formação para o mercado de trabalho garantiu que mulheres de famílias de baixa renda recebessem formação para trabalhar em indústrias de confecção da região. A secretária municipal de Assistência Social, Rosimeire Pazini, afirma que a cidade de 5,5 mil habitantes tem apenas 121 famílias que ainda precisam do Bolsa Família.

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