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A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional do Distrito Federal (OAB-DF), acompanhará a investigação do assassinato de dois moradores de rua na Praça do Índio, na região central da cidade. A informação é do presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-DF, Jomar Alves Moreno.

"A OAB sempre acompanha as investigações desse tipo de crime, quando as vítimas são pobres, pois normalmente o caso fica sem solução", afirmou Moreno.

De acordo com o coronel da Polícia Militar Silva Filho, no início da manhã de hoje (19), os dois homens foram baleados na cabeça por um motoqueiro. Segundo testemunhas que esperavam ônibus em frente à praça, o motoqueiro usava capacete, era branco e tinha entre 25 e 30 anos.

O caso está sendo investigado pela 1ª Delegacia de Polícia de Brasília. O delegado responsável, Rodrigo Telho Corrêa, disse que um dos moradores de rua mortos é Paulo Francisco de Oliveira, de 35 anos. O outro ainda não foi identificado, pois estava sem documentação.

Corrêa ressaltou que ainda não foi possível apurar a causa do crime. "Trabalhamos com duas hipóteses: acerto de contas ou dívida de drogas."

Há 12 anos, no dia 20 de abril de 1997, o índio Pataxó Galdino Jesus dos Santos, de 44 anos, teve 95% do corpo queimado, enquanto dormia em um banco da mesma praça. Os autores do crime foram cinco jovens de classe média, sendo um menor.

Galdino estava em Brasília para a comemoração do Dia do Índio, mas naquela noite perdeu-se e acabou dormindo na rua. Ele não sobreviveu às queimaduras. Em 2001, quatro dos cinco jovens foram condenados a 14 anos de prisão, por homicídio qualificado.

O menor de idade sofreu as sanções previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente: reclusão máxima de três anos ou transformação da pena em prestação de serviços à comunidade, de acordo com a interpretação do juiz.

A Praça do Compromisso, conhecida como Praça do Índio, recebeu esse nome em homenagem a Galdino. No local foi colocada uma escultura em sua homenagem.

A Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania do Governo do Distrito Federal não quis se pronunciar sobre a morte dos moradores de rua.

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