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A Organização Mundial da Saúde confirmou na segunda-feira seis novos casos humanos da gripe aviária em humanos e disse que três das pessoas contaminadas morreram. Desde 2003, a doença já atingiu 224 pessoas em dez países, sendo que 127 morreram, segundo a OMS.

A entidade disse que esses novos casos não têm ligação com um surto registrado dentro de uma família no norte da ilha de Sumatra, e que aparentemente nenhuma das novas vítimas transmitiu a doença.

"Os casos estão amplamente dispersos geograficamente", disse a OMS em nota divulgada no seu site (www.who.int).

Embora algumas das pessoas aparentemente tenham tido contato com aves, a agência da ONU e autoridades locais ainda tentam descobrir como duas pessoas contraíram o vírus - um homem de 43 anos, do sul de Jacarta, que apresentou sintomas em 6 de maio e se recuperou, e uma menina de Sumatra Ocidental, que adoeceu em 17 de maio e continua hospitalizada.

Outro novo caso é de um rapaz de 18 anos de Bandung (ilha de Java), que antes havia tido resultados negativos em exames em Hong Kong. Agora foi confirmada a presença do vírus H5N1.

O adolescente é irmão de uma menina de dez anos que, segundo exame feito na semana passada em um laboratório de Hong Kong, tinha a doença. Ambos morreram na terça-feira.

Autoridades locais suspeitam que frangos contaminaram os dois irmãos, pois aves começaram a morrer na aldeia em que eles viviam dias antes de os dois jovens apresentarem os sintomas, segundo I Nyoman Kandund, diretor geral de controle de doenças transmissíveis.

Os irmãos de Kandung são considerados o sétimo núcleo familiar de casos na Indonésia, mas a contaminação deles não provoca tanta preocupação quanto a de uma família no norte de Sumatra, onde o H5N1 matou sete parentes.

Especialistas dizem que pode ter havido uma transmissão limitada do vírus entre os membros da família de Sumatra, enquanto os parentes sãos cuidavam dos que adoeciam.

Mas análises genéticas do vírus não apontaram qualquer sinal da temida mutação que permitiria o contrato direto e fácil entre pessoas, o primeiro passo de uma possível pandemia com milhões de mortos.

"Um caso adicional ocorreu em um homem de 39 anos, de Jacarta Ocidental. Ele desenvolveu os sintomas em 9 de maio, foi hospitalizado em 16 de maio e morreu em 19 de maio", disse a OMS.

"A investigação determinou que o homem limpou fezes de pombos que bloqueavam a calha do seu telhado pouco antes do aparecimento dos sintomas. Não foi identificada outra fonte potencial de exposição."

Os pombos estão entre as dezenas de espécies de aves sabidamente contaminadas pelo H5N1. Nos últimos seis meses, a doença se espalhou para Oriente Médio, Europa e África.

A Indonésia já teve 49 casos e 36 mortes, segundo o Ministério da Saúde. A geografia do país dificulta a localização do vírus, pois são 17.508 ilhas espalhadas por 5.120 quilômetros, com mais de 500 línguas faladas por vários grupos étnicos.

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