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O diretor da comissão de intervenção do bondes de Santa Teresa, Rogério Onofre, e o secretário estadual da casa civil, Régis Fichtner, entregaram nesta terça-feira o relatório com o diagnóstico do sistema ferroviário de Santa Teresa ao novo presidente da central, Eduardo Macedo. O documento de três mil páginas aponta as necessidades de intervenção que utilizarão R$ 3 milhões em recursos até ano que vem.

"Precisa-se de tudo nos bondes", disse Onofre, que deixa a comissão que acaba nesta terça.

Já Fichtner admitiu a culpa do governo em não revitalizar os bondes.

"Aprendemos com nosso erros. Isso deveria ter sido parado há um tempo", afirmou.

O presidente Eduardo Macedo disse que poderá aproveitar a experiência do sistema de bondes de Lisboa, em Portugal, mas não antecipou quais seriam as mudanças na empresa. Sobre o preço da passagem de ônibus, mais cara do que a dos bondes, Onofre disse ter conversado com o prefeito Eduardo Paes para minimizar o prejuízo dos moradores enquanto o sistema ferroviário estiver parado.

A precariedade do sistema de bondes já havia sido verificada durante um trabalho da Comissão Especial de Trânsito de Santa Teresa ao longo de seis meses. Os vereadores constataram o abandono de equipamentos após visitas às garagens dos bondes, em companhia de engenheiros especialistas. De acordo com o relatório, era comum os mecânicos pegarem peça de um trem para colocar em outro, o que acaba sucateando os veículos. O relatório foi publicado em Diário Oficial em fevereiro de 2011, ou seja, seis meses antes do acidente com o bonde de Santa Teresa, ocorrido no último dia 27 de agosto. Seis pessoas morreram e 57 ficaram feridas.

Os bondes de Santa Teresa só voltarão a funcionar em um ano, conforme reportagem do Globo. A estimativa foi dada por Rogério Onofre, escolhido pelo governador Sérgio Cabral para reestruturar o sistema. A decisão já havia sido anunciada após resultado do levantamento preliminar sobre as condições dos bondes.

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