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Mesmo mantendo firme a posição de que não vai pagar a fiança de R$ 500 para retirar o filho da cadeia, Maria Martins, mãe de Rodolfo Martins, 21 anos, adiantou que a liberdade do filho pode vir ainda nesta semana e de outra forma: via determinação judicial. Nesta quinta-feira um advogado amigo da família deve apresentar documentos à justiça de Londrina, no Norte do estado, solicitando a saída do jovem.

Desde domingo, quando foi preso por dirigir bêbado, Rodolfo Martins divide a cela com outras seis pessoas no 2.º Distrito de Polícia Civil de Londrina. Para deixar a carceragem, o delegado Joaquim de Mello, que fez o flagrante, estipulou multa de R$ 500 para que ele seja solto. A partir daí, o inesperado. O pai, o representante comercial Juracir Martins, se negou a pagar o valor alegando que o filho precisava de uma lição.

Depois da prisão, Rodolfo não teve mais contato com os familiares. Visita só 15 dias depois da detenção - é o tempo de triagem. A mãe, porém, liga todo o dia para saber do filho. "Quero ver se ele está bem e se está tomando o remédio", disse, citando um calmante receitado pelo médico.

Nesta quarta-feira, em uma conversa com uma policial, Rodolfo soube da condição para deixar a cadeia. "Ele me perguntou: 'se pagar a fiança eu saio?'. Só respondi que sim", disse a policial, que preferiu não ter o nome divulgado.

Rodolfo é o caçula dos três filhos de Juraci e Maria - "as duas meninas apoiaram a nossa decisão", disse a mãe. A lição, explica ela, tem motivo. Rodolfo é usuário de drogas e já teria "aprontado" outras situações. "Mas nunca assim. De pegar o carro do pai e sair batendo nos outros carros pela rua".

O delegado Mello tem até a próxima quinta-feira (19) para concluir o inquérito. A partir daí o caso vai para a justiça. Se até lá, Rodolfo ainda estiver preso, a fiança deverá ser paga na conta depósito judicial - no Banco do Brasil.

Somente o judiciário pode dar a liberdade a Rodolfo sem o pagamento da multa. Se isso acontecer, o juiz expede um alvará de soltura que, normalmente, é cumprido no mesmo dia. Caso contrário, Rodolfo continua preso até que o processo seja julgado. A pena por dirigir bêbado pode variar de seis meses a três anos de detenção.

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