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Keiji Fukuda: vários países estariam passando para novo grau de transmissão | Divulgação/OMS
Keiji Fukuda: vários países estariam passando para novo grau de transmissão| Foto: Divulgação/OMS

Mais casos no Brasil

Brasília - Mais dois casos de contaminação pelo vírus Influenza A (H1N1) foram registrados no Brasil, segundo balanço divulgado ontem pelo Ministério da Saúde. Com esses dois casos, já soma 23 o número de pessoas contaminadas no país. Os dois doentes, de acordo com o ministério, são do Rio de Janeiro. "Os dois pacientes vieram dos Estados Unidos e não têm relação entre si. Ambos passam bem", informa a nota.

Dos casos confirmados, de acordo com a nota, sete foram contaminados no Brasil e todos tinham vínculos epidemiológicos com pacientes procedentes do exterior. O Ministério da Saúde sustenta que "a transmissão no Brasil é limitada e não há evidência de sustentabilidade da transmissão de pessoa a pessoa do vírus da Influenza A (H1N1)".

Agência Estado

São Paulo - O contínuo avanço da gripe suína – a gripe A (H1N1) – no Reino Unido, Espanha, Japão, Chile e Austrália deixou o mundo mais próximo de uma pandemia (epidemia generalizada), disse ontem Keiji Fukuda, diretor-assistente da OMS (Organização Mundial de Saúde). Segundo Fukuda, a OMS está próxima de elevar o grau de alerta mundial para a doença do atual grau 5 para o 6, último na escala da entidade.

Conforme um balanço da OMS, atualmente, há 18.965 casos confirmados da doença, dos quais 117 acabaram em morte, em 64 países. A maioria dos casos – e das mortes – segue concentrada na América do Norte. No Brasil, conforme o Ministério da Saúde, há 23 casos confirmados e nenhuma morte.

"Há diversos países que parecem estar em uma transição de casos ligados a viagens para tipos de contágio mais estabelecidos. [...] Estão em transição, mas ainda não chegaram lá. Por isso ainda não estamos no grau 6", disse Fukuda. O grau 5 foi declarado no último dia 29 de abril e, para a OMS, indica que a pandemia é "iminente".

Segundo o diretor-assistente da OMS, a situação agora é considerada "moderada", ao invés de "fraca", pois continua incerta a periculosidade do vírus – embora a maior parte dos casos seja leve e não exija internação, algumas infecções foram severas.

"O fato de os casos sérios e fatais se dividirem entre pessoas com problemas crônicos, mas também adultos que antes eram saudáveis, nos faz duvidar de que a situação seja leve.

Sintomas

A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 380C, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.

Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinada em laboratório. Os antigripais Tamiflu e Relenza, já usados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais, e parecem ter dado resultado prático, de acordo com o CDC (Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos).

Chile

O Chile, país que acumula o maior número de pessoas contagiadas pela gripe suína, ou Influenza A, na América do Sul, transformou-se também no primeiro a registrar um caso de morte pelo vírus AH1N1 na região. A vítima é Fernando Vera Maldonado, de 37 anos, cuja morte foi anunciada ontem pelo Instituto de Saúde Pública do Chile. Maldonado morreu na cidade de Puerto Montt, no sul do país, a 1.080 quilômetros de Santiago, a capital chilena.

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