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Um anexo de 3,9 mil metros quadrados, com quatro andares, leitos para 100 crianças, 40 unidades de UTI readequadas, centros de cultura e psicologia, biblioteca e auditório – tudo custeado exclusivamente por doações. O projeto do hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, é uma prova de que a solidariedade pode fazer a diferença e deve ser considerada por pessoas que ficaram com receio de fazer doações por causa das prisões, na semana passada, de representantes de duas ONGs, acusadas de desviar dinheiro. O recado que fica é que há instituições sérias que dependem de doações para continuar trabalhando; basta procurar a certa.

O presidente da Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional (Fepe), José Alcides Marton, tem uma recomendação para quem quer contribuir. "O ideal é procurar instituições antigas e conhecer o trabalho. Tem de se envolver um pouco mais, não é só abrir o bolso", afirma. A Fepe atende cerca de 400 crianças e as doações respondem por 5% do orçamento mensal da entidade.

Outra dica para quem quer ajudar é acessar o site da Fundação de Ação Social (FAS), da prefeitura de Curitiba, no endereço www.fas.curitiba.pr.gov.br. A FAS tem cerca de 300 entidades de atendimento à criança cadastradas.

Pequeno Príncipe

A diretora de Relações Institucionais do Pequeno Príncipe, Ety Cristina Forte Carneiro, estima que a construção do anexo ao hospital tenha custo aproximado de R$ 14 milhões. Deste total, R$ 3 milhões foram repassados pelo governo do estado. "O restante – quem vem de doações – é para a aquisição de equipamentos e móveis e para a ampliação da lavanderia e da cozinha. Com isso, vamos ampliar o atendimento em 20%."

As doações encaminhadas ao Pequeno Princípe também servem para manter o projeto Família Participante, que oferece refeições e acomodações para familiares das crianças internadas. Além disso, segundo Ety Carneiro, o dinheiro ajuda na manutenção mensal. Em 2004 as doações responderam por 3,47% do orçamento geral do hospital; no ano passado, o porcentual subiu para 4,93%. "Neste ano, a meta é captar R$ 7 milhões, cerca de 5,5%", afirma.

Erasto Gaetner

Outra instituição curitibana que depende de doações é o Hospital Erasto Gaertner, referência nacional no tratamento de pessoas com câncer. "Recebemos cerca de R$ 300 mil em doações por mês e temos 35 mil doadores cadastrados. Sem esse valor, fecharíamos em seis meses", revela o superintendente do hospital, Luiz Antônio Negrão Dias. "Na área de oncologia, a tabela do SUS não é reajustada há oito anos. E a inflação hospitalar é de 15% ao ano." Segundo Dias, as doações respondem por cerca de 30% do orçamento mensal do hospital, que gira em torno de R$ 3 milhões.

Serviço: Contatos com o Pequeno Príncipe podem ser feitos pelo (041) 310-1080; para falar com o Erasto Gaetner, ligue 0800-6434888; a Fepe atende pelo (041) 3069-1790.

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