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O crime da "saidinha de banco" virou um tormento para quem precisa sacar dinheiro no caixa. Para impedir tantos assaltos, solução pode ser proibir o uso de celular dentro do banco.

Quem nunca precisou usar o celular dentro de uma agência bancária? Cleusa, por exemplo, teve de ligar para o marido para saber os números de uns documentos antes de fazer um saque.

Mas, pela lei aprovada em Curitiba, fica proibido o uso de celulares dentro dos bancos. Se o cliente insistir, os seguranças terão autonomia para reter o aparelho e só devolver na saída.

"Acaba incomodando, tira a privacidade da pessoa. É um incômodo, mas se tem que fazer, vamos fazer", comenta a comerciante Jaqueline de Paula.

"Acho que vai deixar mais seguro porque com o celular um ladrão dá sinal para o outro", concorda a empregada doméstica Antonia Giombra.

A lei em Curitiba quer acabar com um tipo de crime que se tornou comum nas grandes cidades. É quando um bandido observa a movimentação nos caixas e, usando um telefone celular, avisa a um comparsa que está do lado de fora da agência bancária que alguém acabou de sacar dinheiro. É a chamada "saidinha de banco".

Foi o que aconteceu com o vendedor Valmir Lara da Silva, morto na frente da mulher e da filha, depois de sacar dinheiro em um banco. Ele foi seguido depois de ser observado dentro da agência. O bandido usou o celular para avisar os outros criminosos.

O uso dos celulares nos bancos também está sendo discutido em Minas Gerais. Lá, está nas mãos dos deputados aprovarem ou não um projeto de lei estadual.

Para a polícia do Paraná, a proibição pode até incomodar a população no início, mas vai dificultar a ação dos criminosos.

"Vai diminuir o índice de criminalidade. Nesse sentido, vai ajudar a polícia. A população tem que pagar algum preço que é o desconforto de não poder usar o celular nas agências bancárias", aponta o delegado Silvan Pereira.

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