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Para o pesquisador da Fiocruz Ulisses Confalonieri, é possível evitar os efeitos das mudanças climáticas na saúde. "Aumentar a eficácia dos programas de controle de doenças endêmicas, reduzir a poluição atmosférica, melhorar as condições de habitação e desenvolver sistemas alternativos de captação de água e variedades de cultivo mais resistentes às secas pode contribuir para reverter essa situação em que nos encontramos", sugere.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, lançou durante a abertura oficial da 1.ª Conferência Nacional de Saúde Ambiental (CNSA), no dia 10, dois compromissos do governo federal para as áreas de saneamento e da qualidade do ar. O primeiro deles, o "Compromisso pelo Meio Ambiente, Saúde e Saneamento Básico", pretende aumentar em 80% o volume dos esgotos tratados no país até 2020. O segundo é o "Compromisso Pela Qualidade do Ar e Saúde Ambiental", que vai funcionar como uma espécie de fórum de reflexões sobre o assunto e como um balizador para a construção do Plano Nacional de Qualidade do Ar (PNQA), que está no seu início.

O aquecimento global também já está na pauta das secretarias de Saúde do Paraná e da capital. Segundo o técnico do Programa da Dengue da Secretaria de Estado da Saúde Sérgio Brandt, o aumento das temperaturas no futuro é uma das grandes preocupações do órgão. "Estamos em alerta durante todo o ano, promovendo a conscientização da população sobre como prevenir a doença e trabalhamos em parceria com as 22 regionais de saúde do estado. Além disso, criamos nos municípios comitês de mobilização contra a dengue, formados pelos próprios cidadãos. Todo município do estado conta com o seu próprio programa e seus agentes. O objetivo é tornar esse trabalho mais efetivo para evitar problemas maiores nos próximos anos", confirma.

De acordo com o Levantamento Rápido de Índice de Infestação de Aedes aegypti no Paraná (Liraa), Curitiba tem taxa de infestação predial igual a zero, ou seja, não foram encontradas larvas do mosquito vetor da doença na cidade, que até o momento não conta com casos locais de dengue. Mesmo assim, a busca ativa de focos e o trabalho de conscientização ocorrem durante todo o ano para evitar a sua proliferação.

Além das ações de rotina, a Secretaria Municipal de Saúde estabeleceu parcerias com os responsáveis por estabelecimentos comerciais, industriais e de serviços para que tracem e sigam estratégias próprias para prevenir o aparecimento de criadouros do mosquito. A Asso­­ciação Paranaense de Supermer­­cados (Apras) foi a primeira entidade a assinar o termo de cooperação técnica do projeto. Cerca de 300 empresas filiadas à entidade vão passar a aplicar um check list especialmente desenvolvido pela Vigilância Sanitária municipal.

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