Paraná enviará 250 policiais para apoiar o Rio de Janeiro nos jogos do ano que vem

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O Paraná deverá mandar ao menos 250 policiais civis e militares, solicitados inicialmente pelo Ministério da Justiça, para reforçar a segurança na Olimpíada do Rio de Janeiro. O número deve crescer. Ao todo, 360 agentes da segurança pública do estado fizeram curso de Instrução de Nivelamento de Conhecimento (INC) para poderem atuar nos jogos.

Segundo a Secretaria de Estado da Segurança do Paraná, o titular da pasta, Wagner Mesquita, tem realizado diversas reuniões com diferentes setores para fortalecer o trabalho de inteligência no estado, independentemente dos Jogos Olímpicos.

Na semana passada, por exemplo, Mesquita esteve no Rio de Janeiro reunido com o secretário da Segurança Pública fluminense, José Mariano Beltrame, para falar sobre compartilhamento de informações e de banco de dados de criminosos, além de planejamento de operações conjuntas na fronteira com foco no combate ao crime organizado. Assim como o Paraná, outros estados devem enviar agentes para atuar nos jogos.

Em entrevista à Gazeta do Povo, por telefone, Mesquita afirmou que a coordenação de informações entre as polícias no Brasil e a integração das agências de inteligências federais às estaduais precisam ser prioridades no trabalho da segurança pública no país. Ele lembra que o Brasil deverá depender de informações de outros países para conseguir a prevenção mais eficaz para ataques terroristas na Olimpíada.

Segundo Mesquita, melhorar o trabalho de inteligência no Paraná tem sido sua prioridade.

Para tanto, ele proporá uma lei estadual em breve à Assembleia Legislativa, que está sendo formulada. “Estamos fazendo também parceria forte com agências americanas como DEA e a Homeland Security para melhorar nossas condições”, conta.

Mesquita planeja implantar a primeira unidade “Fusion Center” do país, em Foz do Iguaçu, aos moldes das criadas nos EUA após 11 de setembro de 2001. As estruturas são unidades especializadas em analisar e compartilhar informações para combater o crime organizado e o terrorismo.