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O Paraná é o estado com o maior número de casos da superbactéria KPC na região Sul do país, com 21 ocorrências em Londrina e três em Curitiba. O período das notificações não foi informado. Dos três pacientes detectados no Hospital de Clínicas da capital paranaense, um morreu e dois seguem internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital. A Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba informou que o paciente estava debilitado e não é possível assegurar que a superbactéria tenha sido determinante para o óbito.

Em Santa Catarina, a Gerência de Controle de Infecção Hospitalar contabilizou três casos confirmados desde o fim de 2009, em dois hospitais. Os estabelecimentos foram orientados a relatar laudos de exames laboratoriais com indicativo de resistência acima do normal.

O Rio Grande do Sul não tem nenhuma ocorrência oficial registrada até a manhã desta sexta-feira (22).

Segundo levantamento feito até esta sexta-feira, o Distrito Federal registrou 187 notificações, 163 casos confirmados e 18 mortes pela superbactéria KPC.

O governo do Espírito Santo registrou um caso em julho deste ano. O paciente morreu, mas não em decorrência da superbactéria.

As secretarias de Saúde do Rio Grande do Norte, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, Alagoas, Maranhão, Pará, Amazonas, Pernambuco, Tocantins, Acre, Roraima, Piauí e Sergipe não registraram casos da superbactéria.

Na região Nordeste, a Secretaria de Saúde da Paraíba registrou 18 casos da superbactéria KPC desde abril de 2009. O órgão informou que todas as notificações foram feitas pelo Hospital Universitário, em João Pessoa, mas que ainda não foi feito levantamento de mortes.

No Ceará, 150 casos suspeitos estão em investigação no Laboratório Central (Lacen) de Fortaleza. Não há mortes relacionadas à superbactéria.

Segundo a assessoria da Secretaria de Estado da Saúde da Bahia, não há notificações oficiais no estado, mas dois casos suspeitos estão sendo investigados. O órgão emitiu uma nota às unidades de saúde pedindo que registrem possíveis ocorrências e redobrem os cuidados para prevenir infecções.

São Paulo

A Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo afirmou, nesta quinta-feira, que não foi registrado até o momento nenhum surto da superbactéria no estado. A pasta diz não saber, no entanto, se há casos isolados nos hospitais, já que não há uma notificação compulsória.

As assessorias dos hospitais Sírio-Libanês e São Camilo informaram que nenhum caso foi registrado nas unidades até esta sexta-feira. No Hospital Albert Einstein, também não houve novos casos. Na quarta-feira (20), o infectologista Luis Fernando Aranha Camargo disse que o Einstein começou a partir de abril deste ano a fazer o controle da colonização da superbactéria. Foram registrados três casos de colonização – quando a infecção não se desenvolve e o paciente não apresenta sintomas.

Rio de Janeiro

A Secretaria estadual de Saúde do Rio informou nesta quarta-feira que não há caso de infecção pela bactéria no estado. A secretaria informou ainda que está seguindo as diretrizes determinadas pelo Ministério da Saúde e Anvisa para evitar possíveis casos de contaminação.

Em julho deste ano, a Clínica São Vicente, na Gávea, na Zona Sul do Rio, registrou um caso de um idoso infectado pela superbactéria KPC. De acordo com a clínica, o paciente se recuperou. Desde então, não foi registrado mais nenhum caso na instituição. Segundo a gerente de enfermagem Jane Biehl, a São Vicente toma algumas providências para que a infecção não se espalhe. "Usamos avental descartável, luvas para tocar no paciente e colocamos uma placa vermelha na porta do quarto do paciente para alertar que a doença é infecciosa", disse.

Não houve registros no Hospital Cardio Trauma Ipanema; Hospital Pasteur, em Botafogo; Hospital Mario Leoni, em Caxias; e São Lucas, em Copacabana. A Rede D’or informou que por razões estratégicas não irá divulgar nenhuma informação sobre o assunto. O Hospital Samaritano, em Botafogo, informou que não registrou casos de pessoas infectados pela KPC.

Orientação

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou na terça-feira (19) que a Anvisa vai dificultar a venda de antibióticos. Entre as medidas que serão apresentadas está a retenção pelas farmácias da receita médica utilizada na compra do medicamento. Temporão disse ainda que a Anvisa vai reunir 17 especialistas para discutir meios de evitar a propagação da superbactéria.

Segundo o ministro, as medidas, previstas para dezembro, têm por objetivo conter a propagação da superbactéria KPC, que mata, segundo especialistas, pelo menos metade das pessoas contaminadas. De acordo com a Anvisa, as receitas médicas para a compra de antibióticos passarão a ser retidas pelas farmácias para evitar a reutilização do documento sem a orientação de médicos.

Segundo a agência, nesta sexta-feira serão definidos padrões e diretrizes para que os órgãos de saúdes dos municípios e estados façam a notificação compulsória dos casos da superbactéria. Segundo a Anvisa, até o momento as notificações não eram obrigatórias. A medida tem o objetivo de mapear os locais com maior incidência da superbactéria em todo o país.

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