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Com a descrição do assassino feita inicialmente pela jovem de 23 anos, momentos depois de ser socorrida por uma médica e uma equipe do Corpo de Bombeiros, a polícia começou a trabalhar para encontrar o criminoso. O que se percebeu foi que o tipo físico – cabelo curto e encaracolado com entradas de calvície, rosto redondo e com barriga, 1,80 metro de altura – é mais normal do que parece.

A reportagem da Gazeta do Povo identificou três pessoas que foram levadas para a delegacia para serem ouvidas. Em comum, tinham características semelhantes às descritas pela jovem. Mas nenhum tinha envolvimento com o crime. Dois deles – um pescador e um vendedor – preferiram não comentar o caso.

O garçom Alexandre, que pediu para não ter o sobrenome divulgado, contou a nada agradável "experiência" de ser confundido com um criminoso. Ele é de Curitiba, mas pela quinta vez trabalha num restaurante em frente à Praia de Caiobá. Alexandre diz que a polícia quis saber o que ele fazia no horário do crime e que ficou duas horas respondendo às perguntas dos investigadores. "Minha mãe e minha mulher, que está grávida de 8 meses, ficaram muito nervosas. Meu filho dizia para os amigos que eu era bonzinho", relembra. Hoje ele até consegue rir da situação, mas não esconde a apreensão. "Andei até na viatura da polícia", diz.

Passado o susto, restou a gozação dos amigos. "Poxa, agora passam aqui na frente do restaurante me chamando de maníaco do morro", reclama. Brincadeiras à parte, Alexandre tem acompanhado pela imprensa a investigação. "Tem de prender esse assassino porque ele manchou o nome da cidade com esse crime bárbaro", ressalta. "Agora, que fique bem claro: só sou careca e tenho uma barriguinha, mas não sou eu."

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