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O ministro do Planejamento Paulo Bernardo garantiu que os 1.143 trabalhadores da Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar) que atuam no Hospital de Clínicas (HC) da universidade não serão demitidos. Bernardo vai enviar ao Congresso Nacional um projeto de lei que cria o cargo de servidor CLT da União, o que possibilita que os funcionários continuem trabalhando no hospital até quando quiserem sair ou se aposentarem.

A decisão é resultado de uma reunião entre o ministro e representantes da UFPR, HC, Funpar e do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do terceiro grau público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do estado do Paraná (Sinditest), que aconteceu na quarta-feira (26), em Brasília. "Esses servidores vão passar a constituir um cargo especial, regido pela CLT. É um cargo que estará em extinção, mas que mantém o emprego de todos", explica o reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho.

A demissão dos 1.143 servidores foi determinada em um termo de ajustamento de conduta, proposto pelo Ministério Público do Trabalho do Paraná (MPT-PR) em 2007, e estipula que os servidores deixassem os cargos até dezembro de 2010. A demissão era necessária para que outros servidores fossem contratados, por meio de concurso público. "Se todos fossem demitidos, o hospital pararia e sabemos que as famílias deles precisam desse emprego", diz Akel.

O Ministério do Planejamento também ficou responsável por divulgar um cronograma de liberação de vagas para concurso público. Dessa forma, os serviços especializados prestados pelo hospital seriam mantidos com a substituição de mão-de-obra, sem provocar perda de competência na equipe. O ministro Paulo Bernardo é quem deve fazer a articulação com o MPT-PR.

Vitória

Em assembleia realizada nesta quinta-feira (27), o reitor comunicou aos trabalhadores do HC o resultado da reunião em Brasília. "Os funcionários estavam emocionados e comemoraram muito a notícia. Para nós, foi uma grande vitória, mas ainda não está nada resolvido. Vamos fazer uma mobilização com o congresso nacional para que o projeto seja aprovado", diz Akel.

Caso o projeto de lei seja aprovado, cerca de 18 mil profissionais devem ser beneficiados pela medida em todo país.

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