"Pelo crime, a pena foi pequena", diz mãe de menina morta em igreja em SC

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Andréia Pereira, de 27 anos, mãe de Gabrielli, de 1 ano e 6 meses, - morta em 2007 em Joinville (SC) -, disse que a condenação do pedreiro Oscar Gonçalves do Rosário pela morte de sua filha foi pequena, se comparada com a crueldade do crime. A pena foi anunciada às 7h15 desta sexta-feira (15), após 21 horas de julgamento. Rosário vai cumprir pena de 20 anos de prisão, em regime fechado. Cabe recurso da decisão.

"Pelo crime que ele cometeu, a pena foi pequena. De qualquer forma, acredito que será tempo suficiente para ele repensar a vida", disse Andréia, que carregou no colo o filho mais novo, Rafael, de 2 meses, durante o julgamento.

"Ele fez mal para ele mesmo. Eu perdi minha filha e isso não tem como voltar atrás. Agora, ele vai ter bastante tempo para pensar na crueldade que cometeu", afirmou a mãe de Gabrielli.

Andréia disse ao G1 que os pontos duvidosos da investigação foram esclarecidos durante o julgamento. "Tinha algumas dúvidas sobre como tudo aconteceu. A verdade apareceu, felizmente."

Logo após o crime, a mãe de Gabrielli ainda tinha lembranças de filha correndo pela casa. "Essas recordações eu ainda tenho. É difícil uma mãe esquecer de uma filha como ela."

Ela afirmou que não sabe explicar o que sente sobre o condenado pela morte de sua filha. "Não tenho raiva dele. A gente não ninguém para não perdoar uma pessoa. É difícil, mas a gente tenta. Só sei que não sinto mais raiva dele (Rosário)."

A avó de Gabrielli, Cecília Machado Pereira, 46 anos, disse que a família ficou aliviada com a decisão da Justiça. "É pouco tempo de condenação, mas o sentimento de alívio é muito grande. É muito sofrimento perder uma criança tão feliz como era minha neta."

O julgamento

O pedreiro Oscar Gonçalves do Rosário foi condenado a 20 anos de prisão, em regime fechado, pela morte da menina Gabrielli. O condenado trabalhava como pedreiro perto da igreja onde ocorreu o crime.

Rosário negou ter estado na igreja no momento que Gabrielli morreu. Durante o julgamento, ele disse que estava na casa dos tios e teria saído só pra fazer uma ligação para familiares.