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Devem ser cumpridos, ao longo do dia, na Operação Sustenido, seis mandados de prisão preventiva e 28 mandados de prisão temporária | Polícia Federal / Divulgação
Devem ser cumpridos, ao longo do dia, na Operação Sustenido, seis mandados de prisão preventiva e 28 mandados de prisão temporária| Foto: Polícia Federal / Divulgação

A Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Sustenido nesta quinta-feira (22) para desmantelar uma quadrilha que teria movimentado ilegalmente R$ 300 milhões entre o Brasil e o Paraguai. Devem ser cumpridos, ao longo do dia, seis mandados de prisão preventiva, 28 mandados de prisão temporária, seis mandados de condução coercitiva e 43 mandados de busca e apreensão. Os alvos ficam nas cidades de Foz do Iguaçu e Medianeira, no Oeste do Paraná. A suspeita é que a organização criminosa praticava os crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas havia mais de três anos.

O esquema começava com 46 empresas de fachada. O responsável por essas pessoas jurídicas fantasmas pagava boletos bancários cujas beneficiárias eram duas grandes companhias de Foz do Iguaçu. Em seguida, os proprietários dessas duas grandes companhias repassavam o valor desses boletos a outra grande empresa, desses mesmos proprietários, mas sediada no Paraguai. Para fazer as transferências sem despertar suspeitas, o grupo criminoso contava com o apoio de funcionários de instituições financeiras de Foz do Iguaçu, além de dezenas de pessoas físicas. Estas últimas, de maneira consciente, "emprestaram" seus nomes para a constituição das empresas fictícias.

Já no país vizinho, o dinheiro era então transferido para uma casa de câmbio paraguaia. Esta, por sua vez, distribuía os valores para lojistas e traficantes paraguaios. Depois de toda a movimentação do dinheiro, esses lojistas e traficantes paraguaios enviavam mercadorias e drogas para empresários e traficantes brasileiros. Toda a teia era uma maneira de tentar despistar o verdadeiro objetivo da movimentação financeira, que era a prática do câmbio paralelo, o comércio ilegal de drogas e mercadorias.

Segundo a Polícia Federal, foram nove meses de investigações para desmantelar o grupo criminoso. Os presos na operação devem responder pelos crimes de organização criminosa transnacional, operação de instituição financeira sem autorização, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. A PF, via assessoria, informou que vai repassar mais detalhes da operação ao longo do dia.

Nome da operação

A Operação Sustenido foi denominada desta forma em uma referência à teoria musical. O sustenido é uma nota intermediária entre as notas musicais. Conforme a PF, a organização criminosa também funcionava como um grupo intermediário, mais precisamente uma ligação entre o Brasil e o Paraguai.

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