Revolta
Protesto em Brasília termina antes do jogo
O protesto contra a Copa em Brasília terminou perto das 17 h de ontem, pouco antes do início do jogo entre Brasil e Camarões. Os cerca de 60 manifestantes se concentraram na rodoviária da capital. Em seguida seguiram para o Estádio Nacional Mané Garrincha e chegaram a 1,5 quilômetro do local do jogo. Em frente do bloqueio de 200 policiais, atearam fogo a uma réplica da Taça Fifa e gritaram palavras de ordem como "Ei, Fifa, volta pra Suíça". No Rio, um protesto na orla de Copacabana reuniu cerca de 300 manifestantes. À frente do grupo, jovens carregavam uma faixa com a frase: "A festa nos estádios não vale as lágrimas nas favelas". A PM, as remoções e as UPPs foram os principais alvos.
Com presença ostensiva da polícia, manifestantes participaram na tarde de ontem, em São Paulo, Brasília e no Rio de Janeiro, de atos contra a Copa. Na capital paulista, apesar do pequeno número de participantes na concentração do ato, na Praça do Ciclista, na região da Avenida Paulista, havia muitos policiais da Tropa de Choque da Polícia Militar, da Cavalaria, além de equipes em motocicletas e a pé. Alguns policiais portavam armas de grosso calibre. Sobre os cerca de 40 cavalos, soldados da PM estavam armados com sabres.
O 11.º ato contra o Mundial, denominado Se Não Tiver Direitos Não Vai Ter Copa, fechou a pista sentido Consolação da Paulista. Segundo a Polícia Militar, a manifestação começou com cerca de 200 pessoas. Além dos gastos com o Mundial, os ativistas protestaram contra a repressão policial e pelo direito de livre manifestação e de greve. "As pessoas muitas vezes nem têm coragem de vir ao ato. Quando vêm, se deparam com um aparato [da polícia] totalmente desproporcional à nossa possibilidade de se manifestar", destacou o manifestante Rodrigo Antonio.
Houve um princípio de tumulto no início da noite. A confusão aconteceu após a detenção de um manifestante. O coronel José Eduardo Bexiga, da PM não soube informar as causas da prisão. O protesto seguiu até as 19h10.
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