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O PMDB realiza hoje sua convenção, abrindo a temporada de definições partidárias no Paraná. As convenções devem ser realizadas até a próxima sexta-feira para a homologação de alianças e chapas que disputarão as eleições de outubro. No Clube Literário, em Curitiba, o PMDB deve hoje apenas homologar a candidatura de reeleição do governador Roberto Requião e deixar para a direção executiva estadual o poder de fechar alianças com outros partidos, que podem compor a chapa na vaga de vice e para o Senado.

Apesar da participação de aproximadamente 500 delegados de todo o estado, sequer a chapa proporcional – candidatos a deputado estadual e federal – vai ser oficializada, esperando a definição de alianças. O PMDB ainda espera fechar com PDT ou PSDB. Pela regra da verticalização das alianças partidárias, com as duas legendas não é possível fechar coligação, já que esses dois partidos têm candidatos à presidência.

A vaga de vice foi oferecida pelo governador a Osmar Dias (PDT) e a Hermas Brandão (PSDB). A prioridade seria de Osmar, que ainda não aceitou por achar que seria um "desprestígio", como senador, ficar como vice de Requião.

O PSDB ainda trava uma disputa interna para saber qual caminho tomar. Hermas e a bancada estadual do partido apóiam a aliança com o PMDB no Paraná. Já o presidente do diretório estadual, Valdir Rossoni, o prefeito Beto Richa e a bancada federal defendem candidatura própria.

O apoio informal a Osmar Dias ou coligação com o PPS de Rubens Bueno também são cogitados pelos tucanos. "A orientação do presidente nacional, Tasso Jereissati, é para que em todos os estados haja palanque para Geraldo Alckmin", diz o deputado federal Affonso Camargo (PSDB). Para ele, coligar-se com o PMDB, sem o apoio declarado de Requião ao presidenciável tucano, seria ferir os interesses nacionais do partido.

Já o deputado Hermas Brandão, que defende aliança com o PMDB, diz que ainda tem muita discussão a ser feita. "A decisão deve ficar para o último minuto", diz.

De outro lado, Osmar Dias diz que espera posição do PP e do PSB para uma possível coligação. O PP anunciou que aceita, já o PSB espera uma definição nacional do partido.

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