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O chefe de operações da 1.ª delegacia da 7.ª Superintendência da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Marcelo Cidade, diz que não há indícios de que alguma quadrilha especializada em assaltos a ônibus de sacoleiros esteja agindo na BR-116. Segundo ele, a PRF tem registrado apenas casos isolados, como o assalto do dia 15 de agosto. "Não temos um histórico de assaltos neste sentido. Tivemos um caso de tentativa de abordagem, no começo do ano, mas não é algo comum no nosso trecho", informa. A 1.ª delegacia é responsável pela fiscalização das BRs-116 e 476 no trechos em que as rodovias cortam o Paraná. "É um trecho bem policiado. Sempre tem circulação policial, de bombeiros e de ambulâncias. Isso inibe a ação dos bandidos."

Cidade acredita que o assalto do último dia 15 tenha sido cometido por pessoas que tinham informações a respeito da excursão. "As pessoas têm uma sensação de insegurança e acabam misturando com os casos da BR-277, onde às vezes há quadrilhas organizadas", comenta o policial. "No caso da BR-116, não há isso. Era uma quadrilha, mas muito provavelmente eles tinham informações privilegiadas. O assalto pode até ter sido praticado por pessoas que conheciam o trabalho da empresa."

A PRF tem feito abordagens preventivas nos ônibus de sacoleiros, na saída e na chegada a Curitiba, informação que é confirmada por excursionistas, guias e motoristas. Os policiais checam a carga, as condições de manutenção do ônibus, a lista de passageiros e documentos dos excursionistas para saber se as identidades são verdadeiras. "Fazemos um pente-fino para ver se não tem alguém armado e a identificação das pessoas", diz Cidade. Segundo ele, nas abordagens não foi registrada nenhuma ocorrência relevante. Além disso, a PRF também faz um serviço de inteligência. "Montamos um trabalho de acompanhamento, com escoltas veladas e policiais dentro das excursões".

A lista de passageiros é a primeira medida de segurança que as empresas devem tomar, segundo Marcelo Cidade. "É imprescindível que as empresas trabalhem com a lista de passageiros. Havendo qualquer suspeita, a pessoa pode consultar a polícia", comenta. "Além disso, embarques e desembarques devem ser feitos em locais movimentados e bem iluminados, que tenham visibilidade." (JML)

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