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Em um flagrante na madrugada desta sexta-feira, a polícia do Distrito Federal fechou um cassino que funcionava havia pelo menos dois meses próximo às residências dos presidentes do Senado, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), e da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), e da casa do ministro da Fazenda, Guido Mantega. A área no Lago Sul, conhecida por Península dos Ministros, é considerada uma das mais nobres de Brasília e reúne também casas de parlamentares e de empresários.

Na operação, os agentes da 10ª Delegacia de Polícia prenderam 40 pessoas, entre jogadores e funcionários. O material apreendido dá a dimensão do cassino. Foram 14 mesas de jogos, cerca de 70 cadeiras, fichas de pôquer que variavam de 50 a 10 mil (não estava especificada a moeda) e baralhos. "Foi o maior cassino fechado em Brasília", afirmou o delegado-chefe da 10ª DP, Antonio Cavalheiro Filho.

Também foram apreendidos recibos e fichas de cadastros. Os policiais não encontraram dinheiro ou cheques. A explicação da polícia é que os contraventores devem ter fugido com o cofre, pelos fundos, com a chegada dos agentes. Segundo o delegado, não foram identificadas pessoas da vizinhança - políticos ou autoridades - entre os freqüentadores do cassino.

A polícia chegou até o local por meio de denúncia de moradores próximos que vinham suspeitando do movimento estranho e intenso de pessoas e carros na mansão. Ela tem muro alto e dá fundo para o Lago Paranoá. Um sistema com câmeras monitorava o movimento nos cômodos, garagem e varanda. No momento do flagrante, cerca de 25 carros estavam estacionados na casa, segundo contou o delegado

Proprietário

A polícia procura agora identificar o dono do cassino. O imóvel pertence ao Grupo OK, do senador cassado Luiz Estevão (DF), e está penhorado, segundo documento do cartório de registro de imóveis do Distrito Federal. "Não significa que o dono da casa seja o mesmo dono do cassino. A casa pode estar alugada", disse, com cautela, o delegado.

O gerente do cassino foi identificado, mas usou do direito de só falar perante o juiz, segundo contou o delegado. No escritório do ex-senador Luiz Estevão em Brasília, a informação é de que ele está viajando. A secretária tentou localizar a assessora de imprensa que, no entanto, não retornou a ligação.

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