O assassinato do estudante Bruno Strobel Coelho Santos, de 19 anos, será reconstituído na manhã desta quinta-feira (25), sob o comando do delegado Jairo Estorílio, da polícia civil de Almirante Tamandaré, na região metropolitana de Curitiba. Três vigilantes da empresa Centronic Segurança e Vigilância, de Curitiba, estão presos por suspeita de participação no crime. A saída da delegacia para o local onde será realizada a reconstituição foi por volta das 10h30.
Bruno desapareceu no último dia 2 e foi encontrado morto uma semana depois, com dois tiros na cabeça. Ele teria sido morto por funcionários da Centronic depois de ter sido flagrado pichando o muro de uma clínica no bairro Alto da Glória.
Dois vigilantes da empresa foram entrevistados pelo programa Revista RPC na semana passada e deram versões diferentes para o crime. Eliandro Luiz Marconcini, de 25 anos, afirmou que levaram o estudante vivo para Almirante Tamandaré e lá aconteceu o assassinato.
Já Douglas Rodrigo Sampaio Rodrigues, 26, contou uma história diferente, afirmando que quando foi solicitado para ajudar a encontrar um local para dispensar o corpo, o rapaz já estava morto. O vigilante Marlon Balem Janke, 30, é apontado como o autor do disparo que matou o estudante. Ele não participa da reconstituição. O motivo seria o fato de Marlon estar negando participação no crime.
Exame de DNA
O jornalista espotivo Vinícius Coelho e a mulher Eliane Strobel, pais de Bruno, estiveram na Polícia Federal (PF) na quarta-feira (24) para cederem material para exame de DNA. A perícia da PF vai verificar se os fios de cabelo encontrados no porta-malas de um dos carros da Centronic, bem como na própria sede da empresa de vigilância, são de Bruno.
Caso se comprove que os cabelos encontrados no carro e na sede da Centronic sejam de Bruno, a PF vai anexar a informação ao inquérito que avalia a conduta da empresa. A PF averigua se a empresa usava suas instalações para castigar com tortura outros jovens pegos pichando muros. O superintendente da PF no Paraná, Delci Teixeira, já afirmou que há indícios de irregularidades na quantidade de munição declarada pela empresa. A empresa pode ter o registro cassado.
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