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A Polícia Civil já ouviu dez pessoas até a manhã desta terça-feira (24) no inquérito que apura as causas e a responsabilidade pelo acidente com um brinquedo kamikaze que deixou dez pessoas feridas na tarde de domingo (22) durante uma festa no município de Castro, na região dos Campos Gerais.

Entre os ouvidos estão testemunhas e vítimas do acidente. De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), os depoimentos apenas acrescentaram detalhes à descrição da ocorrência, mas não trouxeram mudanças ou avanços significativos à investigação. O responsável pelo parque ainda não foi encontrado pela polícia para prestar depoimento.

O parque foi montado para as comemorações do aniversário de 305 anos da cidade. Depois do acidente, todos os brinquedos foram interditados pela Polícia Militar (PM). Na tarde de segunda-feira, uma equipe do Instituto de Criminalística esteve no local para fazer a perícia no brinquedo. O laudo final, que deverá apontar as causas que levaram à quebra do equipamento, tem prazo mínimo de 15 dias para ficar pronto.

De acordo com o Corpo de Bombeiros de Ponta Grossa, o parque de diversões onde aconteceu o acidente não tinha autorização para funcionar. Como não havia passado por nenhuma vistoria, o espaço não estava liberado pelo órgão. A prefeitura de Castro, que promoveu o evento com o parque de diversões para comemorar o aniversário de 305 anos da cidade, garantiu que todos os documentos necessários para o funcionamento do parque foram apresentados antecipadamente.

Estado grave

O kamikaze funciona como uma espécie de pêndulo, que faz giros de até 360 graus e paradas que deixam as pessoas de cabeça para baixo nas cabines. Dez pessoas ficaram feridas depois que o brinquedo partiu ao meio, derrubando os ocupantes, por volta das 15h50. Todas as vítimas, que têm entre 12 e 18 anos de idade, foram encaminhadas ao Hospital Ana Fioriolo Menarin, em Castro. Nove delas foram liberadas no mesmo dia. Bruno Ramon Pereira, de 15 anos, teve fraturas múltipas e teve de ser transferido para o Hospital Bom Jesus, de Ponta Grossa.

Segundo boletim médico divulgado na manhã desta terça-feira (23), Pereira permanece internado em coma induzido e com quadro neurológico grave. De acordo com o médico Marcelo Tessari, que assina o documento, o menino continua entubado e respira com ajuda de aparelhos.

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