Polícia ouve testemunhas da morte de estudante

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Três testemunhas da confusão em uma casa noturna de Curitiba, que resultou na morte de uma estudante, foram ouvidas nesta segunda-feira (3). De acordo com o delegado Maurílio Alves, da Delegacia de Homicídios, o motivo da discussão que gerou os disparos foi ciúmes.

Na madrugada de domingo (1.º), estava sendo realizada uma festa de aniversário no Bangaloo Bar, no Alto da XV, quando dois rapazes, que não se conheciam, teriam se desentendido ao paquerar uma mesma garota. Um deles e mais um amigo foram expulsos do bar.

Quando o que ficou no bar, conhecido como Polaco, saiu, foi abordado pelos outros dois. Iniciou-se, segundo as testemunhas, uma nova discussão. Polaco teria dito que iria buscar uma arma em seu carro. Os outros dois saíram, entraram em um veículo, da marca Fiat, deram uma volta na quadra e passaram novamente pela frente da casa noturna fazendo disparos.

Na confusão, a estudante Alessandra Bernardi, de 25 anos, que sequer sabia o que estava acontecendo, foi atingida e morreu. Outros dois jovens, um homem e uma mulher, que também não participaram da discussão foram feridos.

O advogado da dupla que fez os disparos compareceu nesta segunda-feira na Delegacia de Homicídios e prometeu que seus clientes devem se apresentar na terça-feira, junto com a arma e o carro. Polaco também já foi identificado e, segundo a polícia, deve depôr também nesta terça.

Os outros dois feridos foram encaminhados ao Hospital Evangélico. A mulher, atingida na perna, não corre risco de morte. Em virtude da falta de identificação da vítima, não foi passado à reportagem o estado de saúde do homem ferido.

Bangaloo Bar

A direção do bar informou que lamenta o ocorrido e que a segurança do estabelecimento, assim que percebeu o início da discussão, retirou os dois rapazes. "O que estava no nosso alcance nós fizemos, ou seja, dentro do bar não teve briga e - garanto - ninguém estava armado", disse o responsável pelo bar, que não quer ser identificado. Ele afirmou que todos os freqüentadores passam por uma revista que inclui detector de metal.

O dono do bar disse ainda que ambos estavam bem vestidos e que nunca havia visto os dois rapazes nas dependências do estabelecimento.

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