A Delegacia de Homicídios (DH) concentra esforços para identificar uma terceira pessoa que teria participado do assassinato do professor Antonio Carlos de Paula, de 49 anos, queimado vivo em 1º de julho. O homem ainda não foi identificado e foi mencionado por testemunhas ouvidas pela polícia. Dois suspeitos de envolvimento no crime estão presos.
Nesta segunda-feira (11), a DH apresentou Jorge Luiz Gomes, de 49 anos, e Bernadete de Souza, de 33 anos, presos temporariamente. Na casa de Gomes, no bairro Parolin, foram encontrados a moto do professor uma XR300 o capacete e bota que ele usava na noite do crime. A polícia também encontrou na residência cerca de dez cachimbos artesanais para consumo de crack. "De acordo com as investigações, o local era usado como um ponto onde pessoas se reuniam para consumir droga", disse a delegada Maritza Haisi, chefe da DH.
A polícia aponta que Bernadete teria cedido o carro no qual o professor teria sido levado até o local onde ele foi morto. Segundo testemunhas, na Rua Alcino Guanabara, no Hauer, dois homens retiraram Antônio Carlos do veículo e atearam fogo nele. O educador chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. Além disso, na casa da mulher, foram encontradas 55 pedras de crack.
Durante a apresentação, Gomes e Bernadete negaram envolvimento na morte do professor. "Eu comprei a moto de um outro homem. Eu sabia que era roubada, mas não sabia que era de um caso bárbaro como este", disse Gomes. Segundo a polícia, o suspeito confessou participação em um outro homicídio, ocorrido no dia 17 de dezembro do ano passado.
Motivação
De acordo com a delegada, a polícia ainda não tem elementos para apontar o que motivou o crime. Mas a responsável pelas investigações afirma que o homicídio pode estar relacionado às drogas. Em depoimento, a mulher com quem Antonio Carlos vivia pelos últimos dez anos disse ter encontrado maconha entre os pertences do professor.
"Pode ser que tenha havido um desentendimento por valores de drogas", supõe Maritza. A polícia solicitou exames complementares ao Instituto Médico-Legal (IML) para apontar se havia substância entorpecente no cadáver. O laudo deve ficar pronto em 30 dias.
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