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Ônibus da linha São Francisco é queimado em São José dos Pinhais

A polícia vai usar as imagens registradas por câmeras da Guarda Municipal para tentar identificar os criminosos que atearam fogo em um ônibus na noite de segunda-feira (21) em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Ninguém ficou ferido. Os bandidos mandaram os ocupantes descer antes de incendiar o veículo. O delegado Osmar Dechiche, responsável pela investigação, descartou ligação com outro atentado a ônibus que aconteceu na cidade no mês passado.

O atentado ocorreu por volta das 23h15 na Rua Dr. Muricy, no bairro Costeira, com o ônibus da linha São Francisco. De acordo com o delegado, três homens em duas motos se aproximaram do veículo e mandaram todos os ocupantes descerem. Eles jogaram gasolina no ônibus e atearam fogo. Havia quatro pessoas no veículo, dois passageiros, o cobrador e o motorista. Para a polícia o atentado não tem relação com o veículo queimado no mês passado. O anterior teria ocorrido por um desentendimento entre o cobrador do ônibus e os incendiários. O delegado também não acredita que a intenção dos bandidos era roubar, pois nada foi levado do ônibus ou dos ocupantes. Os passageiros, cobrador e o motorista serão ouvidos.

A principal pista é um bilhete deixado pelos bandidos com o motorista no qual constava a frase "Abaixo a opressão na Casa de Custódia CCC. Abuso de autoridade". A Casa de Custódia é uma carceragem de segurança máxima, destinada a presos provisórios. Está instalada na Cidade Industrial de Curitiba (CIC) e funciona desde 2002.

O delegado disse que não está descartada a possibilidade de que a ordem para o atentado tenha partido de dentro da carceragem. "Todo nosso efetivo está empenhado na identificação dos autores deste fato", disse Dechiche.

Outros atentados

Nos últimos cinco anos, pelo menos cinco ônibus foram incendiados em Curitiba e região metropolitana, segundo o Sindicato das Empresas de Transprte de Passageiros no Estado do Paraná (Setransp). No dia 6 de maio um ônibus da linha Pedro Moro foi incendiado na Rua Silvio Pinto Ribeiro, logo após o ponto final, no bairro Quississana.

O motorista de ônibus, Ricardo Scamila, de 44 anos, teve cerca de 30% do corpo queimado por dois homens. Ele sofreu o atentado depois de tentar evitar o confronto de bandidos com o cobrador do ônibus. Esta versão foi apresentada a diretores da empresa Auto Viação São José pela própria vítima, no instante em que era socorrida, ainda consciente.

Em Pinhais, um ônibus foi queimado por moradores que protestavam contra a falta de água. Já no bairro boqueirão em Curitiba os passageiros atearam fogo em um veículo depois ele ficou preso em uma enchente. O quinto caso aconteceu em Itaperuçu e permanece sem explicação.

Ônibus queimados em Londrina e região

Quatro atentados a ônibus foram registrados em Londrina, no Norte do Paraná, e região no mês de abril. Três dos quatro ônibus foram incendiados em Londrina, nos dias 8 e 9 de abril. De acordo com o inquérito policial, os atentados foram represálias de "amigos" de presos do Centro de Detenção e Ressocialização (CDR) que teriam direito à progressão para o regime semiaberto.

O quarto ônibus foi queimado em Ibiporã, na região metropolitana de Londrina, em 28 de abril. O atentando teria ocorrido por causa da prisão de um traficante da cidade.

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