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Os policiais federais do Paraná vão paralisar as atividades nesta quarta-feira (19). A manifestação da categoria ocorre também em outros estados do país e tem como objetivo conseguir junto ao governo federal a reestruturação da carreira dos profissionais da área.

Uma paralisação semelhante já havia sido organizada pelos policiais em 14 de abril. Em Curitiba, os trabalhadores vão se concentrar durante todo o dia em frente à sede da Polícia Federal (PF), no bairro Santa Cândida. A manifestação será organizada nas outras sete unidades instaladas no estado em Cascavel, Guaíra, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá, Guarapuava e Paranaguá.

De acordo com o presidente do Sindicato Estadual dos Policiais Federais (Sinpef-PR), Silvio Fernandes Jardim, no final da tarde de quarta-feira será realizada uma reunião da categoria com representantes do Ministério do Planejamento, em Brasília. "O protesto vai servir como uma forma de pressão antes deste encontro, pois eles (governo federal) sempre negociam, mas nunca apresentam algo de concreto", reclama.

Segundo dados da Federação Nacional dos Policias Federais (Fenapef), o salário dos profissionais estaria defasado, pois, nos últimos oito anos, a categoria teve 83% de variação salarial, enquanto outras carreiras do Executivo tiveram variações de 140% a 553%.

Serviços

Ao todo, cerca de 800 policiais federais atuam no Paraná. De acordo com o presidente do Sinpef, atividades operacionais da Polícia Federal no estado podem ser prejudicadas como obtenção e renovação de porte de arma, atendimento a estrangeiros e fiscalização em empresas de segurança privada, bancos e produtos químicos. No entanto, um efetivo mínimo será mantido para serviços essenciais que incluem a custódia de presos, emissões e retiradas de passaportes em caráter emergencial e a fiscalização em fronteiras, portos e aeroportos.

Assim como ocorreu na paralisação realizada em abril, uma operação padrão deve ser organizada em Foz do Iguaçu, no Oeste do estado. No mês passado, na Ponte Internacional da Amizade, todos os pedestres e motoristas que tentavam cruzar a fronteira com o Paraguai foram revistados, o que causou longas filas no local. Cerca de cem agentes que trabalham em setores administrativos da polícia participaram da operação.

Plebiscito

Durante a manifestação, os policiais também realizam um plebiscito em que serão avaliados o diretor-geral, superintendentes e chefes das delegacias da PF. A intenção é saber como está o desempenho da gestão atual dos administradores do órgão.

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