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Veja como é o projeto| Foto:

Vegetação

Obra também prevê paisagismo

O projeto concebido pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano (Sedu) prevê a implementação de um projeto paisagístico ao longo da orla de Matinhos, com o plantio de árvores no início da praia e na saída de rios e córregos ao longo dos 13 km da praia que serão "engordados". A implementação já está prevista dentro do atual projeto, bancado pelo governo federal, através do Plano de Aceleração do Crescimento, com contrapartida do governo do Paraná.

Além do plantio de palmeiras entre a calçada da Avenida Beira-Mar e a areia, devem ser plantadas ainda árvores e vegetação em três pontos com saída de água para o mar: Rio Matinhos, canal da Avenida Paraná e desembocadura da Praia Brava.

O secretário municipal de Meio Ambiente, Sérgio Luiz Cioli, explica que será nescessário controlar a ação da maré e fazer reposições períodicas de areia. (HC)

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Uma terceira alternativa para engordar artificialmente a faixa de areia na orla de Matinhos, no litoral do Paraná, surgiu durante a ela­­boração do projeto e tem se mostrado a mais viável, por enquanto: buscar 1,3 milhão de metros cúbicos de areia em alto-mar. A região conhecida como "plataforma interna", distante de 6 a 8 km da costa, forneceria a areia necessária para aumentar a faixa de praia em 50 metros numa extensão de 13 km, de Caiobá, ao lado do Morro do Boi, ao balneário Flórida. Isso porque a plataforma está fora do sistema de transporte de sedimentos costeiros, ou seja, não sofre interferência de movimentação das marés. A areia não é contaminada e pode ser usada na praia.

O projeto é coordenado pelo professor de Geologia da Uni­­versidade Federal do Paraná e coordenador do Laboratório de Estudos Costeiros da instituição, Rodolfo José Angulo. Ele é o responsável por elaborar o Estudo e Relatório de Impacto Ambiental do projeto, desenvolvido pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Ur­­bano, e já tem R$ 18 milhões liberados. Cerca de R$ 12 milhões vêm do Plano de Aceleração do Cres­­cimento (PAC), do governo federal. O restante é contrapartida do governo do Paraná.

Angulo ressalta: usar a areia de alto-mar é mais viável porque a retirada do sedimento numa região distante não intefere na movimentação de areia da costa. "Estaríamos agregando areia ao sistema costeiro e evitando povocar mudanças indesejadas em outras praias." Ele descarta usar a areia das baías de Guaratuba e Paranaguá (como preveem outros projetos) pela falta de certeza sobre o impacto da retirada de sedimentos desses locais.

A engorda da praia deve evitar alagamentos em alguns pontos de Matinhos. Atualmente, há trechos em que o mar está a poucos metros de ruas e casas. Um dos pontos mais críticos é na região central, próximo ao Mercado de Peixes.

Expectativa

A engorda da praia não é a única obra esperada para o verão. A prefeitura deve implementar ainda neste ano uma iluminação paisagística no Morro do Boi e, no ano que vem, construir um deque no entorno do morro. A ideia é aumentar o número de turistas e o tempo de permanência na cidade. Atualmente, Matinhos recebe uma população média de 300 mil pessoas durante a temporada, com picos de até 800 mil no período da virada do ano e carnaval, com permanência média de 13 dias.

"Os imóveis vão se valorizar, o comércio vai se movimentar mais", prevê o prefeito Eduardo Dalmora. O secretário de Tu­­rismo, Celso Elias Gomes, aposta alto nos projetos turísticos. "Ela (a cidade) é turística. Ela não tem outra fonte de emprego e renda, como o turismo."

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