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A prefeitura de Curitiba descartou ontem a possibilidade de a tarifa de ônibus ser reajustada do atual R$ 1,90 para R$ 2,50. O valor foi citado pelo gerente operacional da Urbs, Luiz Filla, na terça-feira, durante palestra no 2.º Fórum Transporte Curitiba, no Estação Convention Center, e reproduzido na edição de ontem da Gazeta do Povo. Segundo Filla, a tarifa poderia chegar a R$ 2,50 caso as empresas de transporte que operam na capital saiam vitoriosas em uma ação movida contra a Urbs e caso não haja algum subsídio por parte do poder público.

A prefeitura não esclareceu ontem, porém, o que fará para garantir a manutenção da tarifa, caso perca o processo. Na ação, as empresas do setor pedem que a Urbs reveja alguns porcentuais que compõem a tarifa (como as despesas com peças e acessórios), reduzidos em 2005.

Além de descartar a possibilidade de reajuste, o presidente da Urbs, Paulo Schmidt, informou, em nota oficial, que "a alusão a uma tarifa de R$ 2,50 foi um exercício de demonstração acerca do impacto que as demandas operacionais pretendidas pelas empresas representaria." Segundo a nota, no entanto, "a tarifa de R$ 1,90, praticada atualmente, cobre todos os custos (atuais) relativos à operação do sistema do transporte coletivo, inclusive a remuneração das empresas de ônibus."

A prefeitura confirmou que a Urbs reduziu porcentuais que integram a composição da tarifa. A justificativa é a falta de comprovação, por parte das empresas de ônibus, da necessidade de manter os índices, como foi informado por Luiz Filla. A falta de informações levou a Urbs a mover uma ação para tentar obter os dados não repassados pelas empresas. "A redução da tarifa, em 2005, foi decidida após cuidadosa análise da planilha de remuneração das empresas de ônibus e em razão da Urbs não concordar com a cobrança, sem comprovação, de itens de despesas apresentados pelas operadoras do sistema de transporte coletivo", informa a nota da prefeitura.

O Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) também emitiu uma nota oficial. De acordo com o Setransp, "os empresários do transporte coletivo querem atrair mais usuários para o sistema (...) e uma remuneração condizente com o serviço prestado." Quanto ao valor citado por Luiz Filla, a nota informa que "um técnico da Urbs apresentou durante a sua palestra informações sobre uma ação judicial relativa a cortes, feitos unilateralmente pelo poder público, na remuneração das empresas logo em janeiro de 2005, ação que está tramitando na Vara da Fazenda Pública", e que "nenhuma das partes nessa demanda – empresas, Urbs e município de Curitiba – está nesse processo a pleitear, por qualquer modo, reajuste da tarifa."

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