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Um terceiro rapaz suspeito de envolvimento na morte do delegado Clayton Leão foi preso na manhã desta quinta-feira (27). Segundo a assessoria de imprensa do governo estadual, ele se entregou. Foram apreendidas duas armas que passarão por perícia.

O delegado foi morto na quarta-feira (26), em Camaçari (BA), durante uma entrevista a uma rádio. Outros dois suspeitos foram detidos na noite de quarta.

Leão foi atingido por dois tiros na cabeça, enquanto falava pelo celular com os radialistas sobre o combate aos crimes na região. O policial havia parado o veículo por causa da entrevista. Um grupo de homens armados, em um outro veículo, se aproximou e começou a atirar.

No áudio da rádio é possível ouvir o delegado dizer: "Peraí, peraí" e em seguida os tiros e os gritos da mulher do delegado, desesperada ao ver o marido baleado. Ela grita: "Pelo amor de Deus, mataram o Clayton aqui na [estrada da] Cascalheira."

O enterro de Leão aconteceu na manhã desta quinta. O governador Jaques Wagner e o delegado-chefe da Bahia, Joselito Bispo, foram até o velório. Bispo afirmou que os dois suspeitos que foram presos na quarta confessaram o crime. À polícia, eles teriam dito que já haviam roubado dois carros e se aproximaram para tentar roubar o veículo. Os criminosos teriam atirado depois que viram a arma da vítima.

A polícia considera o caso encerrado e afirma que houve uma tentativa de assalto, apesar da gravação da rádio não registrar que era essa a intenção dos criminosos. "O que ocorreu foi uma fatalidade, é lamentável isso, mas foi uma tentativa de roubo seguida de morte", disse o secretário de Segurança Pública da Bahia, Celso Nunes, em entrevista, nesta manhã. De acordo com ele, informações colhidas pelos investigadores indicam que o assassinato não tem ligação com os casos que vinham sendo investigados por Leão.

Inicialmente, a polícia acreditava que o delegado havia sido morto em uma emboscada.

A Prefeitura de Camaçari decretou luto oficial de três dias.

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