Preso traficante com pistola de uso exclusivo do exército de Israel

• 0

A Polícia Civil de Piraquara, região metropolitana de Curitiba, prendeu na terça-feira (7) um traficante que portava uma arma de uso exclusiva do exército israelense. A pistola estava escondida dentro de uma oficina mecânica ao lado da casa do acusado, Renato José Moreira, 27 anos, mais conhecido como "Mancha".

Segundo a polícia, as investigações que levaram até o dono da arma israelita, uma pistola Jericho 9 mm, começaram no dia 28 de setembro. Na madrugada desse dia, a polícia se deparou com o assassinato do padeiro Nilson Alves de Lima, 45 anos. Ele morreu atingido por dez disparos quando andava pela Rua Betonex, no Jardim Holandês. A polícia encontrou no local do assassinato, 14 cartuchos de pistola 9 milímetros.

"As investigações nos levaram ao Mancha. Começamos a monitorar o dia-a-dia dele para chegar na arma", conta o delegado titular de Piraquara, Osmar Neves Feijó. De acordo com o policial, a arma e dois carregadores foram encontrados na oficina irregular que Mancha tinha ao lado de sua casa. Além disso, 96 gramas de crack em buchas estariam espalhadas e escondidas por carros dentro do estabelecimento. Os policiais civis também apreenderam duas balanças de precisão.

PCC

Para Feijó, Mancha agia na venda de drogas com Marcelo Pereira da Silva, 30 anos, preso no dia 30 de setembro. Silva é suspeito de ter ligações com o PCC, Primeiro Comando da Capital, uma das quadrilhas mais perigosas do país, sediada em São Paulo. "Recebemos ligações anônimas dando conta de que o PCC tentaria resgatar Marcelo da delegacia", relata Feijó. Silva foi transferido para o Centro de Triagem da cidade no dia 3 de outubro.

As investigações prosseguem no sentido de constatar a ligação da dupla com o PCC e de prender os fornecedores da droga, que não seriam de Piraquara, segundo o delegado.

Feijó pede para que as testemunhas de crimes envolvendo os dois criminosos entrem em contato com o Distrito Policial de Piraquara pelos telefones (41) 3673-1221 ou 3673-2460. O policial assegura que os nomes serão protegidos por um procedimento legal.