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Chegou ao fim, no início da tarde desta terça-feira (12), a greve dos professores da rede municipal de ensino, no segundo dia de paralisação. Mas, apesar de concordar em determinar a volta da categoria aos postos de trabalho, o Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac) decidiu manter o "estado de paralisação" para pressionar a Prefeitura de Curitiba. A decisão foi tomada após assembleia realizada na praça Eufrásio Correia. Em nota, a Prefeitura confirmou que as 184 escolas da rede funcionam normalmente a partir desta quarta-feira (13).

"A gente tomou essa decisão tendo em vista que os vereadores reabriram o canal de negociação encerrado pela prefeitura, e eles estão se colocando favoráveis a defender as nossas emendas durante a tramitação do projeto de lei na Câmara", disse o diretor do Sismmac Wagner Argenton.

O líder do prefeito na Câmara, Pedro Paulo (PT), reforçou que os vereadores ofereceram "apoio político" à causa dos professores. "Apoiamos a bandeira deles, mas deixamos claro que é uma mudança que não depende de emenda, de medida da Câmara. Não podemos fazer alterações que impliquem em aumento ou adiantamento de recursos, isso é atribuição do executivo. O que nos propusemos a fazer é mediar o diálogo que eles alegaram ter sido encerrado pelo prefeito."

Os professores conseguiram o apoio da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) em reunião ocorrida ao meio-dia. Na conversa, os docentes chegaram a mencionar uma terceira proposta de mediação para resolver o imbróglio entre grevistas e executivo: a implantação do Plano de Carreira até o final de 2015. No entanto, segundo o vereador Pedro Paulo, nenhum prazo ficou definido na reunião.

Cinco professores vão participar de uma comissão conjunta com os legisladores para tentar achar alternativas financeiras de viabilização da proposta de redução do prazo de implantação do plano. Uma reunião deve ocorrer na próxima semana, ainda sem data confirmada.

Prefeitura

Por meio de assessoria de imprensa, a prefeitura comemorou o fim da greve dos professores e ressaltou estar aberta ao diálogo e ao debate. O município reafirmou, no entanto, que não tem condições físicas e financeiras de qualquer redução de prazo de implantação do plano de carreira do magistério municipal.

Com as correções de perdas salariais de 12 mil professores nas últimas duas décadas, a implantação do novo plano de carreira deve custar R$ 90 milhões aos cofres da prefeitura.

A Secretaria Municipal de Educação calcula que 36% dos 5 mil professores que deveriam estar trabalhando pela manhã aderiram à greve nesta terça-feira. Os números da tarde foram semelhantes. Prestaram atendimento total ou parcial 72% das escolas, ainda de acordo com o órgão.

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