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O atendimento nos postos e unidades de saúde de Foz do Iguaçu foi prejudicado, nesta segunda-feira (8), por uma greve iniciada pelos profissionais da rede municipal de Saúde. O objetivo da paralisação é tentar reverter um decreto (18.919/2009 ), que vigora desde 1º de fevereiro e que determina que os servidores municipais cumpram jornada semanal de 40 horas, conforme determinado em concurso público. Segundo a Prefeitura, cerca de 45% dos profissionais da Saúde – entre enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas – estavam fazendo 30 horas semanais, enquanto 65% já estavam cumprindo jornada de 40 horas.

A redução da jornada de 40 para 30 horas semanais havia sido determinada ao longo dos anos, em gestões anteriores. Entretanto, de acordo com a Secretaria de Saúde, a menor carga horária de trabalho estaria comprometendo o atendimento à população e a pasta teria limitações orçamentárias para fazer novas contratações e manter o serviço. "Esses servidores fizeram concurso para trabalhar 40 horas semanais e recebem salário para 40 horas e não para 30 horas. O que estamos fazendo é cumprir o que determina o edital de concurso em beneficio de um melhor atendimento à sociedade", disse o secretário de Saúde, Luis Fernando Zarpelon. Os funcionários que cumprirem a jornada reduzida não devem receber pelas horas não trabalhadas.

Os servidores paralisados prometem manter a greve por tempo indeterminado até que a Prefeitura reveja a ampliação da carga horária de trabalho. Para o Sindicato dos Servidores Municipais de Foz do Iguaçu (Sismufi), os funcionários não podem ser prejudicados, pois a situação teria sido criada pelo próprio Executivo. "Apesar dos concursados terem sido aprovados para trabalhar 40 horas, sempre foram cumpridas 30 horas semanais. E foi a Prefeitura quem criou essa ilegalidade", disse a presidente do Sismufi, Nídia Benitez.

Paralisação

O primeiro dia da greve foi marcado por piquetes em frente a Secretaria de Saúde e por paralisações no atendimento. Postos e unidades de saúde funcionaram sob a chamada "operação tartaruga", atendendo parcialmente ou somente casos emergenciais. Dois postos de saúde não chegaram a abrir nesta segunda-feira. Com as ações, houve excesso de demanda em outras unidades e o atendimento à população foi prejudicado.

A Prefeitura de Foz do Iguaçu contesta os números. De acordo com uma nota emitida na tarde desta segunda-feira pela assessoria de imprensa, o movimento "fracassou", com a adesão de apenas 4,7% dos servidores da Saúde (79 de um total de 1.578). Para a Secretaria de Saúde, apenas uma unidade de pequeno porte não funcionou nesta segunda-feira. No Laboratório Municipal os serviços internos estariam sendo mantidos para atender às necessidades do Hospital Municipal e emergências dos PA´s.

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