Como o número de vagas de residência não é suficiente para atender a todos os formandos, os médicos generalistas (como são chamados os que não possuem o título de especialização) estão recorrendo ao Programa Saúde da Família do governo federal. "Somos uma equipe multiprofissional que faz visitas domiciliares aos pacientes. Focamos na prevenção de doenças e na promoção da saúde", diz a médica generalista, Ligiana Maffini Romanus, de 32 anos.
Formada desde janeiro de 2000, Ligiana não conseguiu fazer residência médica em Cirurgia-Geral, mas ela não se considera prejudicada por isso. "Assim que saí da faculdade comecei a trabalhar em uma unidade de saúde básica em Campo Largo. Em seguida fiz especialização em saúde da família. Me apaixonei tanto pela saúde pública que pretendo agora fazer mestrado na área", revela. Hoje ela trabalha para a Prefeitura de Curitiba, onde fez concurso público. "Tenho estabilidade, e o salário é razoável. Acaba compensando. O Saúde da Família é uma boa oportunidade para quem não faz residência", diz.
A médica Juliana Janz Laibida, de 25 anos, também atende pelo Saúde da Família, em Guaraqueçaba, no litoral do estado. Mas a situação de Juliana é diferente da de Ligiana. Formada em julho deste ano, ela está se preparando para concorrer a uma vaga de residência em Clínica Médica pela primeira vez e trabalha apenas dois dias por semana para se dedicar aos livros. Juliana fará provas no Hospital das Clínicas, no Evangélico, no Cajuru e na Santa Casa. Por enquanto, ela fez apenas duas inscrições e já desembolsou R$ 590. "Foi fácil conseguir emprego em Guaraqueçaba porque não são muitos os médicos que querem trabalhar fora da capital", conta Juliana. Segundo ela, mais da metade de seus colegas de faculdade está preocupada com os exames, por isso tem complementado os estudos com aulas uma vez por semana em um cursinho prepratório.
Mas os esforços de Juliana não acabarão após a aprovação para a residência de Clínica Médica. Ao final de dois anos, ela terá de passar por uma nova bateria de provas. Ela quer ser endocrinologista. (KMM)
-
Ato de Bolsonaro no Rio reforça reação à censura e busca união da direita nas urnas
-
Entenda o papel da comissão do Congresso dos EUA que revelou os pedidos sigilosos de Moraes
-
PF usou VPN para monitorar publicações de Rodrigo Constantino no exterior
-
Brasileiro é o maior pagador de impostos do Paraguai: “É fácil de entender e mais barato”
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
Afastar garantias individuais em decisões sigilosas é próprio de regimes autoritários
Justiça suspende norma do CFM que proíbe uso de cloreto de potássio em aborto
Relatório americano expõe falta de transparência e escala da censura no Brasil
Deixe sua opinião