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Uma liminar, assinada pela juíza Diocélia da Graça Mes­quita, suspendeu e proibiu as provas de montaria em touros do Brahma Super Bull PBR, evento que será realizado entre os dias 3 e 6 de novembro no Expotrade Convention Center, em Pinhais, na Grande Curitiba.

A decisão foi julgada a partir de uma ação civil pública proposta pela Sociedade Protetora dos Animais de Curitiba (SPAC). No documento, a instituição argumenta que as provas submetem os animais a práticas de abuso e maus-tratos.

"Maltratar animais é crime ambiental. É reconhecido que este tipo de prova traz sofrimento físico e psicológico aos touros e sabemos de várias histórias de animais que morreram ou foram sacrificados por causa desses eventos, então queremos impedir que isso aconteça por aqui", diz Soraya Simon, presidente e voluntária da SPAC.

Soraya explica que a intenção não é suspender o evento, mas especificamente esta prova. "Em nenhum momento fomos contra os shows ou demais atrações. O problema é que a montaria em touros é danosa aos animais: as pessoas podem aproveitar a festa para se divertir de outra forma. Divertimento às custas do sofrimento de um animal é cruel e somos contra isso."

Segundo a assessoria de imprensa do evento, os organizadores já entraram com recurso contra a decisão e foram encaminhados documentos, como autorizações da Secre­ta­ria de Agricultura e laudos técnicos de médicos veterinários assegurando que as provas es­­tão dentro das normas estabelecidas em lei e não oferecem riscos aos animais. Não há previsão de quando ele será julgado.

A organização garante que, caso as provas de montaria sejam realmente suspensas, o evento será realizado normalmente, contando com festas, shows e a prova feminina de três tambores com cavalos.

Para a advogada que representa a SPAC na ação, Danielle Tetü Rodrigues, a expectativa é que a liminar não seja suspensa. "A decisão ainda pode sair amanhã, mas vamos acompanhar e estamos confiantes de que o recurso será negado. Caso a decisão saia e o parecer seja positivo [para a suspensão da liminar], vamos recorrer novamente."

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