Promotoria pede 250 anos de prisão para os acusados da chacina de Guaíra

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A Promotoria de Justiça de Guaíra, no Oeste do estado, pediu 250 anos de prisão para cada um dos três acusados de serem os autores da maior chacina do Paraná. O crime ocorreu em setembro do ano passado e deixou 15 pessoas mortas e oito feridas. Os acusados foram ouvidos no Fórum da cidade nesta terça-feira (17).

De acordo com o telejornal ParanáTV 2ª edição, a promotoria entendeu que os crimes foram praticados com crueldade, sem chance de defesa para as vítimas, além de algumas delas terem sido torturadas antes de serem mortas. Ainda segundo o telejornal, os acusados confirmaram as informações do inquérito policial e admitiram serem os autores das quinze mortes.

Um forte esquema de segurança foi montado nas proximidades do Fórum de Guaíra. A audiência começou por volta das 14h30. Jair Corrêa foi o primeiro dos três acusados a ser ouvido pelo juiz Wendel Fernando Brunieri. Os outros dois, Ademar Fernando Luis e Fabiano Alves de Andrade, foram ouvidos em seguida.

Os três homens estão detidos no Centro de Detenção e Ressocialização (CDR) de Cascavel, também na região Oeste. Eles foram levados para Guaíra na manhã desta terça. No dia 29 de janeiro foram ouvidas as sete testemunhas de acusação.

Os réus foram denunciados criminalmente pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), em 12 de dezembro, por homicídio qualificado e tentativa de homicídio. A denúncia foi recebida no mesmo mês pela Justiça, que também decretou as prisões preventivas de todos os suspeitos.

O juiz deve decidir dentro de dez dias se os três acusados vão a júri popular. Maior chacina do Paraná

No dia 22 de setembro do ano passado, 15 pessoas foram mortas, na maior chacina já registrada do estado do Paraná. Entre as vítimas havia duas mulheres, uma delas menor de idade. Oito pessoas ficaram feridas – algumas delas se fingiram de mortas para escapar da execução. Uma mulher e duas crianças escaparam sem ferimentos.

O crime aconteceu em um sítio às margens do lago de Itaipu, na divisa com o Paraguai. Os bandidos, todos encapuzados, foram até o local de barco. O motivo do crime seria uma dívida de R$ 4 mil entre narcotraficantes.

Jair Correia foi o primeiro suspeito de ser autor da chacina a ser preso. Ele foi capturado no dia 15 de outubro, em Rosana, no interior de São Paulo. Outro acusado, Ademar Fernando Luiz, foi preso do dia 21 de outubro em Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso. Três dias depois, a polícia prendeu Fabiano Alves de Andrade, em Itaquiraí, Mato Grosso do Sul, o terceiro acusado.