O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região (Sindimoc) organiza uma mobilização na manhã desta terça-feira (26) em terminais de ônibus de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. O Sindimoc cobra a aplicação da chamada “Lei da Dupla Função” pela empresa Viação São José. A lei foi aprovada no ano passado, mas está em vigor desde fevereiro último, e proíbe que motoristas acumulem a função de cobrador.

CARREGANDO :)

Uma assembleia da categoria foi realizada nesta terça-feira (26) entre 4h30 e 5h. Na reunião, a categoria autorizou o sindicato a deliberar sobre eventual greve, caso necessário. Durante a assembleia, segundo o Sindimoc, os ônibus não circularam. O protesto segue no final desta manhã e se concentra em dois terminais da cidade, o Central e o Afonso Pena.

Procurado, o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano e Metropolitano de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) informa que há atrasos no transporte de passageiros. “Eles mandaram os passageiros descerem dos ônibus, esvaziaram os pneus dos veículos e colocaram adesivos ofensivos à empresa. Chegaram até mesmo a usar os coletivos para fechar ruas da cidade”, diz o Setransp em nota encaminhada à reportagem. “A Viação São José já chamou o apoio da força policial a fim de evitar a depredação do patrimônio e restaurar o atendimento de transporte à população. A empresa vai ainda tomar as demais medidas judiciais cabíveis para buscar a reparação aos seus prejuízos materiais e de imagem”, continua a nota.

Publicidade
Lei

Segundo o Sindimoc, cerca de 80 ônibus da Viação São José circulam só com motorista. Outros cerca de 130 ônibus da empresa trafegam com motoristas e cobradores. “A empresa não cumpre a lei. Temos motoristas com dificuldade para dirigir e cobrar dos usuários. E eles têm sofrido assédio moral por causa disso”, diz o presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira.

Em nota enviada à reportagem, o Setransp afirma que, desde a aprovação da lei, a Auto Viação São José está “em contato permanente com a prefeitura e a Secretaria de Trânsito e Transporte para cumprir a determinação”. “Nos últimos 15 dias, reuniões mais frequentes foram realizadas junto à secretaria para tratar do assunto, porém, devido à alta complexidade da questão, que pode até elevar o custo da tarifa municipal, medidas concretas ainda não foram tomadas”, acrescenta a nota.