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O PT oficializou neste domingo a candidatura do senador Flávio Arns ao governo do Paraná. Em uma convenção cheia de novidades, com telões, encenações teatrais e reproduções de discursos do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, foram homologados ainda o nome de Gleisi Hoffman para o Senado, de Vitor Hugo Burko (PL), ex-prefeito de Guarapuava, para vice-governador e de 42 candidatos a deputado federal e 22 estaduais. O PC do B, que também fará parte da coligação, esteve presente ao encontro petista.

As declarações dos petistas se basearam na continuidade da administração Lula, em pedidos de desculpas e auto-crítica partidária, na apresentação de um programa alternativo de governo no Paraná e na unificação dos petistas. "Há três meses estava definido que eu seria o candidato ao governo do estado. E de forma consensual. Não há divisão no PT e todos estarão empenhados na campanha", afirmou o senador Flávio Arns.

As críticas de membros do PT em relação à atual administração estadual foram específicas quanto à falta aproximação do governador Roberto Requião ao governo federal, o que, de acordo com petistas, resultou na perda de investimentos e benefícios para o Paraná. Parlamentares do partido também criticaram a falta de políticas sociais em algumas regiões do estado.

"Temos de reverter índices de desenvolvimento humano (IDH) no estado, que é baixo. É preciso que tenhamos atenção com algumas regiões e saber que há diferenças sociais no Paraná", afirmou Gleisi Hoffman, destacando que é uma realidade o pouco diálogo entre o governo estadual e o federal. "O Paraná poderia buscar mais recursos junto à União. Falta articulação do Executivo estadual com a bancada no Congresso Nacional. A política nossa é muito bélica, de ataques pessoais. Pensam pouco no estado".

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, concorda com essa posição. Segundo ele, o Paraná carece de uma mobilização forte para a obtenção de recursos. "Em outros estados a articulação funciona melhor. O governo estadual tem de se articular melhor para a confecção de emendas".

O deputado estadual e pré-candidato a federal, Ângelo Vanhoni, que já foi líder do governo Requião na Assembléia Legislativa, fez coro aos companheiros de partido. "O nosso IDH está próximo ao de estados do Nordeste. O Paraná não pode estar sozinho. Deve haver uma integração com o governo federal para que as necessidades sejam supridas".

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