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Enquanto a polícia registrou menos homicídios nas grandes cidades, os crimes cresceram na Grande Curitiba e litoral. | Felipe Rosa/Tribuna do Paraná
Enquanto a polícia registrou menos homicídios nas grandes cidades, os crimes cresceram na Grande Curitiba e litoral.| Foto: Felipe Rosa/Tribuna do Paraná

O Paraná registrou 1.203 assassinatos no primeiro semestre deste ano. São quase sete homicídios dolosos (com intenção de matar) por dia em todo o estado. Os dados foram divulgados na terça-feira (15), pela Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária, com atraso de mais de dois meses. Comparado com 2014, houve uma queda de 9% nos assassinatos em todo estado. Apesar disso, o Paraná ainda tem uma taxa de 21, 5 homicídios dolosos para cada 100 mil habitantes. O dado é pouco mais que o dobro do considerado tolerável pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

A queda estadual é puxada pela redução nas principais cidades do Paraná. Em Curitiba, conforme a Gazeta do Povo adiantou em julho, o número de homicídio caiu 28% neste primeiro semestre. Em Londrina, a queda chegou a 50%. Maringá, Ponta Grossa, Guarapuava, Foz do Iguaçu e Cascavel, registraram diminuição de 39%, 4%, 38%, 10% e 16%, respectivamente.

Paraná registra 10 latrocínios por mês

O número de latrocínios (roubo seguido de morte) no Paraná aumentou 28% no primeiro semestre de 2015. O número de ocorrências saltou de 49 para 63 casos em todo estado: são 10 assaltos seguidos de morte por mês. Curitiba registrou 14 latrocínios, um a cada duas semanas, no mesmo período de 2015. A capital representa 22% do total desse tipo de crime no estado.

Segundo o delegado geral da Polícia Civil, Júlio Reis, os policiais têm se empenhado para solucionar os latrocínios ocorridos no estado. “Nos próximos 60 dias, vamos reforçar o efetivo de policiais nas delegacias especializadas no combate a estas modalidades criminosas com o término do curso de formação na Escola Superior de Polícia Civil”, disse. De acordo com Reis, agentes de todo estado têm trabalhado com empenho para solucionar latrocínios.

De acordo com o delegado geral da Polícia Civil, Júlio Reis, a criação de unidades especializadas nas maiores cidades colaborou para prevenção de novos crimes. “Além de ressaltar a integração com operações policiais conjuntas, foram criadas três delegacias estratégicas em Maringá, Londrina e Cascavel”, comentou.

Para o secretário da Segurança, Wagner Mesquita, houve também uma intensificação do trabalho de qualificação policiais nas unidades da Polícia Militar. Mais de 200 policiais passaram por um período de capacitação para aprender a trabalhar com as estatísticas produzidas pela Coordenadoria de Planejamento e Estatística (Cape) da pasta. Com isso, mais unidades puderam acompanhar onde os crimes estavam acontecendo com mais precisão para poder planejar ações nestas localidades.

Aumento expressivo

Na região metropolitana de Curitiba, os assassinatos aumentaram 12,6% em relação ao mesmo período do ano passado. O dado saltou de 308 para 347. O número mais temerário, contudo, é o do Litoral do Paraná, onde houve crescimento de 41%. Nos primeiros seis meses de 2014, ocorreram 39 assassinatos naquela região, enquanto neste ano foram 52. De acordo com Reis, a Polícia Civil estuda a possibilidade de a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga exclusivamente assassinatos em Curitiba, apurar também crimes das cidades da região metropolitana da capital.

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