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Governo e oposição começam hoje uma queda-de-braço para, de um lado, tentar afundar e, de outro, avançar na abertura da CPI da Navalha, que pretende investigar o suposto envolvimento de parlamentares com a máfia das obras. A possibilidade de ampliação do foco das investigações para a Operação Xeque-Mate – que envolve Genival Inácio da Silva, o Vavá, irmão do presidente Lula, e Dario Morelli Filho, seu compadre – reforçou a tática governista de forçar a retirada de parte das 172 assinaturas ao pedido de abertura da CPI.

A oposição tinha conseguido 173 assinaturas, mas um deputado da base governista retirou o apoio ontem. Também assinaram o documento 29 senadores. Os oposicionistas querem aumentar o número de adesões, porque sabem do esforço dos líderes governistas para impedir a CPI.

"Estamos no fio da navalha", brincou Augusto Carvalho (PPS-DF), para quem a retirada de mais assinaturas inviabiliza a CPI. Ele não concorda porém, com a ampliação da investigação para a Operação Xeque-Mate. "Nosso pedido é para um objeto específico. Quem assinou o pedido da CPI não assinou um papel em branco. Acho que tudo que tem bandalheira deve ser investigado, mas agora não cabe ampliar o foco da investigação."

Tráfico de influência

Já o líder do PSol, Chico Alencar (RJ), considera que a CPI deve apurar tudo que se refere a tráfico de influência. O presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE) disse ontem que é necessário investigar "o que acontece ao redor do PT".

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