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Procura em queda na UFPR

Nos últimos seis vestibulares da Universidade Federal do Paraná, o total de candidatos caiu, em mé­­dia, 15,6% em comparação com o número de interessados em 2003, ano em que a instituição teve recorde de inscrições – 50,7 mil (descontando-se quem disputava vagas para a Escola Técnica da UFPR e ao curso de formação de oficiais da Polícia Militar) contra uma média de 42.792 nos anos seguintes.

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A redução na procura pelo vestibular da UFPR, somada ao au­­mento na oferta de vagas (de 4.034 para 5.334, ou 32,2% nos últimos seis anos), fez com que a concorrência geral despencasse em 4,7 candidatos por vaga no período: passou de 12,6 em 2003 para 7,9 candidatos por vaga em 2009. Os cursos mais disputados também deixaram de ser tão concorridos. Em 2003, 35,83 candidatos disputavam uma vaga para o curso de Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda, o mais concorrido daquele ano. Já neste ano, o curso de Medicina, o com mais inscritos, tem concorrência de 30,32 candidatos por vaga.

Os acadêmicos da UFPR já se sentem beneficiados com a queda na disputa. As estudantes de Terapia Ocupacional Karla Balan, 19 anos, e Jaqueline Calixto, 18, por exemplo, creditam a entrada na universidade à diminuição da concorrência e ao aumento no número de vagas. As duas estão no segundo período do curso e receberam a notícia do acréscimo nas vagas apenas poucos meses antes da provas. "Foi um presente muito grande", diz Karla. Ela já havia tentado vestibular no ano anterior e não havia passado. Neste ano, o número de ingressos dobrou e a concorrência caiu pela metade, passando de 8 para 4. "Mesmo com mais alunos não tivemos problemas com falta de docentes porque foram contratados novos. A única questão ainda é estrutura. Faltam salas e espaço para as aulas práticas", diz Jaqueline.

Os acadêmicos de Direito Thiago Rocha, 23, e Roan Costa, 18, notaram a queda mesmo tendo apenas um ano de diferença na entrada. Thiago está no 3.º ano e o colega no 2.º. O curso deles é um dos mais concorridos e havia caído de um ano para o outro três pontos, de 25 para 22 candidatos/vaga. Eles não acharam a entrada no vestibular tão difícil porque vinham de um ritmo de estudo intenso no ensino médio, mas afirmam que os colegas calouros iriam gostar de mais vagas. A má notícia é que os dez cursos mais concorridos não abriram mais vagas nos últimos vestibulares. "Isso não seria tão complicado porque o curso não demanda equipamentos e infraestrutura. Precisamos apenas de bons professores e de salas", opina Thiago.

Já no curso de Medicina a concorrência se manteve quase a mesma. A variação foi de apenas um candidato por vaga para mais ou menos, ao longo dos últimos seis anos. Os estudantes Jaqueline Furukawa, 21, e Felipe Gonçalves, 21, argumentam que, como o curso sempre foi um dos mais concorridos, não pensavam nisso na época do vestibular. "Eu sempre quis essa profissão. Não importava o quanto tivesse de estudar, tanto que fiz dois anos de cursinho. Então a concorrência não era empecilho." (TD e PC)

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