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Centenas de pessoas rezaram pelas vítimas, e prestaram homenagens com faixas e cartazes | Vanderlei Almeida/AFP
Centenas de pessoas rezaram pelas vítimas, e prestaram homenagens com faixas e cartazes| Foto: Vanderlei Almeida/AFP

Centenas de pessoas se reuniram para acompanhar a missa de sétimo dia realizada em homenagem as vítimas do massacre na escola Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio. O arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta celebrou a cerimônia católica que durou pouco mais de uma hora.

O público que compareceu ao local estava muito emocionado e levou faixas e cartazes em homenagem as 12 crianças mortas na última quinta-feira (7). Um palco foi montado na rua da escola municipal e a multidão tomou todo o espaço reservado.

O sargento Alves, responsável por balear o atirador e impedi-lo de matar mais crianças, chegou ao local e foi ovacionado pelo público. Muito emocionado, ele falou com famílias das vítimas e com alunos da escola.

Participaram da missa também, a chefe de polícia do Rio, Martha Rocha, a Secretária municipal de Educação, Claudia Costin e o ator Milton Gonçalves.

"Estou muito triste, muito triste mesmo. Eu queria mais segurança nos colégios, mas a minha princesa não volta mais. Amor de avó é um amor em dobro e eu estou lutando para me controlar, ter força", disse Sônia Torres, avó de Larissa Atanazio, uma das crianças mortas durante o massacre.

A estudante Jade Ramos, de 12 anos, que estava presente na escola no dia da tragédia, contou que vai voltar a estudar na semana que vem. "Estou triste porque meus amigos morreram, mas feliz porque estou bem. Eu vou voltar a estudar porque preciso", disse.

Valdir dos Santos, pai da menina Milena, de 14 anos, vítima do massacre na escola, estava muito emocionado. "No dia que a Milena morreu, eu disse que tinham arrancado meu coração. Hoje eu digo que meu coração está cicratizando, sangrando ainda. Está ferido, e vai doer por muito tempo. A minha filha eu nunca vou esquecer, mas preciso me reerguer, porque tenho outras duas para cuidar", disse ele, pai de outras filhas de 15 e 12 anos, que, segundo ele, estão muito abaladas.

Ele afirmou que a manifestação nesta quarta significa que a população carioca está dando amor e carinho às vítimas. "É uma demonstração de apoio, para que a gente levante e esqueça esse dia triste".

Quem também foi dar apoio às famílias e às vítimas feridas no ataque foi Paulo Soares, pai do menino João Roberto, morto em 2008 durante um tiroteio.

"A gente sabe da dor que é perder um filho. Tenho uma ferida aberta, hoje ela sangra menos. Mas só morrendo para esquecer. Você olha para o rosto dos meninos que estavam na escola, jovens e já passando por esse trauma. Espero que eles tenham ajuda psicológica."

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