Paralisação parcial na manhã desta terça-feira provocou filas em terminais, como o do Pinheirinho| Foto: Henry Milléo/Gazeta do Povo

A segunda audiência entre o sindicato dos motoristas, o sindicato das empresas e a Urbs, intermediada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), terminou, no início da tarde desta terça-feira (1º), sem uma solução ao impasse. Até o momento, ainda não ficou definido como as empresas vão efetuar o pagamento do salário do mês de novembro. Caso o salário não seja pago até segunda-feira (7), motoristas e cobradores devem cruzar os braços. Nesta semana, porém, não haverá mais paralisações.

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Na reunião desta terça-feira (1º), ficou definido um calendário para as próximas conversas entre a prefeitura e o Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba (Setransp). Na quarta-feira (2), será discutido questões referentes ao fluxo de caixa das empresas – que implicam diretamente no pagamento dos salários dos funcionários. Na quinta (3), haverá uma reunião entre técnicos da prefeitura e das empresas para discutir a tarifa técnica.

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Estas reuniões serão somente entre empresas e prefeitura. O presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores (Sindimoc), Anderson Teixeira, critica. “Eles não entenderam a necessidade de o sindicato fazer parte da reunião. Depois, chegar na sexta-feira e dizer que não tem dinheiro para pagar é fácil. Mas se antecipar e mostrar o que está acontecendo, a transparência que todo mundo pede, ainda tem muito para acontecer. Das duas partes”, diz.

Além disso, a negociação do reajuste dos salários dos motoristas e cobradores deve ser antecipada. O Sindimoc deve convocar uma assembleia para elaborar uma proposta de reajuste que passará a valer a partir de fevereiro do ano que vem. Ainda não há data, mas a estimativa do sindicato é que essa audiência ocorra na terça-feira da semana que vem.

Ainda assim, o impasse do salário continua. Na última semana, as empresas alegaram não ter dinheiro para pagar o salário dos motoristas e cobradores e chegaram a anunciar o corte de dois mil funcionários – informação que, posteriormente, foi negada. O primeiro objetivo das reuniões entre Urbs e Setransp é evitar que isso aconteça.

O Sindimoc fará uma assembleia na sexta-feira (sem relação com a outra assembleia) que deve resultar em um indicativo de greve. O resultado já é quase certo: se as empresas não pagarem os salários até segunda-feira (7), a categoria para na terça-feira (8). “Se eles não pagarem vai ter greve, isso é fato”, diz Teixeira.

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Passagem

O presidente da Urbs, Roberto Gregório, disse ainda que a passagem vai aumentar nos próximos meses, mas disse que ainda não há data nem quantia. “A passagem vai aumentar, com toda a certeza. Nós tivemos aumento nos combustíveis, pneus e outros insumos que compõem a tarifa técnica e teremos, também, o reajuste dos trabalhadores. Obviamente, isto vai refletir em um aumento de custos e essa conta precisa ser paga”, disse.

Viação Tamandaré: ônibus de linha cheia (que atende todo o turno da manhã) saíram da garagem só depois das 6h30.
Já havia bastante movimento de passageiros aguardando os ônibus quando os primeiros veículos começaram a circular.
Moradores do Terminal Cachoeira, em Almirante Tamandaré : ônibus apareceram só por volta das 7h.
No Terminal do Pinheirinho, as catracas foram liberadas.
Terminal do Portão: movimento está praticamente normal. Apenas a linha Santa Bernadeth registra um pouco de lentidão.
Terminal do Pinheirinho: movimentação tranquila
Portão: movimento normal no início da manhã desta terça
No Terminal do Pinheirinho,usuários puderam entrar sem pagar a passagem
Hauer: informação inicial era de que o ligeirão Boqueirão não estava circulando. Depois, cinco veículos estavam na linha, por volta das 7h40. Os ônibus saíam bem lotados.
Apesar da catraca livre, houve muita fila para pegar ônibus no Terminal do Pinheirinho
Na estação-tubo Ouro Verde, também houve catraca livre
No Terminal do Boqueirão, ônibus cedidos pela empresa Cristo Rei cobriram linhas normalmente operadas pela Cidade Sorriso, cujos funcionários estão em greve
No Terminal de Campo Largo, apesar da paralisação parcial, movimento estava normal na manhã desta terça-feira
Segundo a empresa Campo Largo, 60% da frota estava operando
Passageira espera no Terminal do Boqueirão. Maior reclamação foi destinada à demora de algumas linhas